AVANÇA A CONSTRUÇÃO DOS NOVOS FPSOS DE MERO, BÚZIOS E MARLIM NA ÁSIA
Do outro lado do globo, os estaleiros asiáticos estão progredindo na construção dos futuros FPSOs da Petrobrás que entrarão em operação na costa brasileira entre 2021 e 2024. Nos últimos meses, muitos deles tiveram avanços consideráveis em suas obras. A estatal brasileira, como já é de conhecimento do mercado, tem privilegiado construir suas novas plataformas de produção no exterior, em detrimento da indústria naval nacional – que está mergulhada em uma penúria sem fim há vários anos. Aliás, algumas das unidades sendo erguidas em países asiáticos possuem zero de conteúdo local, enquanto outras embarcações terão um percentual mínimo de participação brasileira.
Próxima unidade de Búzios, o FPSO Almirante Barroso está agora com quase 60% de suas obras concluídas e deve começar a produzir em 2022. O navio-plataforma deve entrar em operação na Bacia de Santos no próximo ano, com capacidade de produzir até 150 mil barris por dia de óleo. O EPC da embarcação está nas mãos da japonesa Modec, que concedeu o grosso da obra para o estaleiro chinês Cosco. Os asiáticos estão construindo o novo navio-plataforma a partir do casco do antigo petroleiro Eddie. Nesse caso, uma parte dos trabalhos será feita no Brasil – o estaleiro BrasFELS, em Angra dos Reis (RJ), irá construir e integrar módulos da unidade.
A Modec também é a contratada EPC da Petrobrás para o FPSO Anita Garibaldi, que vai integrar o módulo de revitalização de Marlim e tem início de produção previsto para 2022. Hoje, a obra está com 47% de avanço – crescimento de 13 pontos percentuais em relação à atualização anterior do status do empreendimento. Uma segunda plataforma que será instalada em Marlim também avançou. O FPSO Anna Nery atualmente está com mais de 30% de avanço físico. O projeto está sendo liderado pela empresa maiala Yinson. Esta, aliás, será a primeira unidade do tipo da empresa no Brasil. A embarcação, agendada para 2023, está agora no estaleiro Cosco Changxing, em Xangai. Por serem fruto de contratos da Rodada Zero da ANP, os FPSOs de Marlim não têm exigências de conteúdo local.
Saindo de Marlim e indo para Mero, nos últimos aconteceu o início efetivo das obras do terceiro sistema de produção do campo, o FPSO Marechal Duque de Caxias. A também malaia MISC Berhad é a responsável pela condução da construção e pelo afretamento do navio, que terá início de operação em 2024. A plataforma será construída a partir do casco do petroleiro Bunga Kasturi Dua, que chegou ao estaleiro chinês CIMC Raffles em fevereiro.
Enquanto isso, o FPSO Sepetiba (Mero 2), da SBM, avançou para 69% de obras concluídas. A construção também acontece na China nos estaleiros CMHI e Bomesc. Parte dos módulos da unidade serão construídos no estaleiro brasileiro EBR. A embarcação tem previsão de início de produção para 2023.
Para esse ano, a Petrobrás deve colocar em operação mais duas plataformas. O FPSO Carioca, no campo de Sépia, e o FPSO Guanabara (Mero 1), que foram construídos nos estaleiros Cosco Dalian e DISC, respectivamente. Os dois já estão em fase final de preparação, com mais de 90% de conclusão.
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