AXS ENERGIA PREPARA EXPANSÃO DE SEU PARQUE DE USINAS E QUER ATINGIR 50 MIL CLIENTES ATÉ 2027
A AXS Energia, empresa que atua no segmento de geração distribuída solar compartilhada, está prestes a ampliar ainda mais sua participação no mercado. Atualmente, a companhia opera 60 usinas em Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Goiás e Mato Grosso, alcançando cerca de 12 mil clientes no final de 2024 — um crescimento de 70% em relação ao ano anterior. Olhando para o futuro, o CEO da companhia, Rodolfo Pinto, revela que a meta é chegar a 50 mil usuários até 2027. Até lá, todas as 113 usinas previstas na fase 1 de expansão da AXS deverão estar em funcionamento, somando capacidade de 355 MW e investimentos da ordem de R$ 1,9 bilhão. “Também estamos estudando a ampliação de novos parceiros, avaliando possíveis aquisições de usinas e entrada em outros estados. Nosso plano é continuar crescendo com responsabilidade”, afirmou o executivo. Segundo Pinto, além de reduzir custos de energia para consumidores, o modelo de negócio da empresa contribui para democratizar o acesso às fontes renováveis, estimula novos investimentos no setor e gera impactos ambientais e sociais positivos, ao reduzir emissões de carbono e criar oportunidades de desenvolvimento local.
Para começar, poderia contar um pouco sobre o modelo de negócios da AXS Energia?
A AXS Energia atua como uma plataforma de energia limpa, especializada na geração distribuída solar por meio de usinas fotovoltaicas compartilhadas. Nosso modelo permite que clientes residenciais, comerciais e industriais tenham acesso à energia renovável sem precisar investir em painéis próprios. Nós construímos, operamos e gerenciamos as usinas, e os clientes recebem créditos diretamente na conta de luz, reduzindo seus custos e contribuindo para a transição energética.
É importante destacar que todo o processo de adesão do cliente é feito de forma digital, de maneira simples e muita rápida. Nós temos canais de atendimento, oferecendo suporte via telefone, e-mail, WhatsApp e chat online. A proposta é facilitar o contato, responder rápido às dúvidas e garantir que a entrada para o mundo da energia solar seja fácil e acessível.
Qual é o papel da digitalização e da inteligência de dados no modelo de negócios da AXS?
Temos nos destacado como referência na digitalização do setor elétrico, usando dados e IA para otimizar operações, aumentar a previsibilidade do mercado e expandir o acesso à energia renovável. Para isso, adotamos a plataforma InterSystems IRIS, que integra e processa grandes volumes de dados em tempo real, gerando insights estratégicos com 99% de assertividade. Isso nos permite até mesmo a análise preditiva de impactos na geração de energia em cada região, considerando sazonalidade e demanda projetada, além de antecipar manutenções preventivas. Outro diferencial é a interoperabilidade da plataforma, gerando uma base unificada de conhecimento e eliminando gargalos.
Quais estados e regiões concentram os clientes da AXS atualmente?
Hoje, no total, operamos 60 usinas nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Goiás e Mato Grosso. Em 2024, aproximadamente 12 mil clientes passaram a receber a energia da AXS, representando um crescimento de 70% se compararmos ao ano anterior. A expectativa é de que o número aumente consideravelmente, chegando a 50 mil usuários, assim que todas as 113 usinas estiverem em operação até 2027.
Há previsão de expansão da atuação da AXS nos próximos anos?
Nós estamos bastante focados no que chamamos de fase 1, com investimentos de aproximadamente R$ 1,9 bilhões para a construção de novas usinas solares. Nesta primeira fase, que vai até 2027, contemplaremos a construção total de 113 usinas, com capacidade total de 355 MW. Também estamos estudando a ampliação de novos parceiros, avaliando possíveis aquisições de usinas e entrada em outros estados. Nosso plano é continuar crescendo com responsabilidade, mantendo o foco na inovação, na experiência do cliente e na geração de valor ambiental e econômico para todos os envolvidos.
Quais são os principais diferenciais competitivos da AXS em relação a outras empresas do setor?
Enquanto empresas que instalam sistemas individuais exigem um alto investimento inicial e encontram limitações de escala — sobretudo em áreas urbanas ou para clientes que não possuem telhado adequado —, a AXS vem justamente para eliminar essas barreiras. Nosso modelo democratiza o acesso à energia solar, sem entraves técnicos, regulatórios ou espaciais. Além disso, trabalhamos com uma operação totalmente digitalizada e apoiada em uma plataforma integrada de dados, o que garante eficiência, agilidade e uma capacidade de expansão muito superior à de modelos mais tradicionais do setor. O resultado é um serviço acessível, confiável e que acompanha o crescimento da demanda por energia limpa no Brasil.
Quanto à sustentabilidade, fale sobre as iniciativas da companhia em ESG?
Temos avançado em uma agenda ESG consistente, colocando colaboradores, parceiros e comunidades no centro das nossas ações. Entre as principais iniciativas está o Projeto Abelhas, que capacita apicultores em parceria com prefeituras locais e ainda será expandido para mais 3 usinas.
Além disso, a companhia desenvolve programas que reforçam seu compromisso ESG em diferentes frentes. O Projeto Leve Sustentabilidade capacita professores em escolas das cidades onde estão localizadas nossas usinas, ampliando a conscientização sobre sustentabilidade e gerando efeito multiplicador nas comunidades. Na esfera de governança, a empresa tornou-se associada ao Instituto Ethos, participando de avaliações de maturidade em gestão ESG e do programa Empresa Limpa. Essas e outras iniciativas reafirmam a visão da companhia de integrar sustentabilidade, impacto social e ética corporativa ao seu propósito e à sua estratégia de crescimento.
Abordando o mercado, como a AXS vê o papel da geração solar compartilhada na matriz elétrica brasileira nos próximos anos?
Vemos a energia solar compartilhada como um dos vetores mais relevantes para ampliar a participação das renováveis na matriz elétrica brasileira. Além de gerar benefícios econômicos, com redução de custos de energia para consumidores e estímulo a novos investimentos no setor, ela traz impactos ambientais positivos ao reduzir emissões de carbono, e sociais, ao democratizar o acesso à energia limpa e criar oportunidades de desenvolvimento local.
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