BAIXO ÍNDICE DE CHUVAS PODE RESULTAR NO LIGAMENTO DE MAIS TERMELÉTRICAS
Devido ao baixo índice de chuvas no mês de maio, o governo está em dúvida em relação ao número de usinas termelétricas que deve manter em funcionamento. A expectativa do diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Hermes Chipp (foto), para a próxima reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, que será realizada no mês de junho, é de uma diminuição gradual do número de termelétricas em operação, caso se confirmem as previsões meteorológicas para o período. Na última reunião, as termelétricas Termo Manaus, Pau Ferro, Potiguar e Xavante, que somam 300 MW de potência, foram desligadas.
Segundo Chipp, os reservatórios do Sudeste, do Sul e do Nordeste estão cheios, respectivamente, em 62,2%, 54,3% e 49,1% de suas capacidades, enquanto no Norte o índice é de 95,6%. O diretor garantiu que o ONS está empenhado em melhorar o modelo de previsões meteorológicas do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Inpe, onde é estudada a adoção de modelos usados no Reino Unido ou nos Estados Unidos, e que, para garantir o atendimento no ano que vem, vai considerar os resultados de 1971, ano em que foi registrada a pior atividade hidrológica no Brasil.
Chipp explicou, ainda, que o investimento em previsão do tempo se torna necessário diante da dificuldade de aumentar o número de hidrelétricas no Brasil, cujo nível médio dos reservatórios vem caindo devido à constante elevação do consumo. No ano passado, mesmo com um crescimento de 0,9% no PIB, a carga se expandiu 4,2%.
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