PETRÓLEO DOS EUA SOFRE DESVALORIZAÇÃO HISTÓRICA DE QUASE 300% E PASSA A TER COTAÇÃO NEGATIVA
Uma queda livre histórica. Os contratos de maio do barril de petróleo (WTI), negociados nos EUA, mergulharam na maior desvalorização da história, chegando a despencar cerca de 300% no auge da crise nesta segunda-feira (20). Até a última atualização desta matéria, o produto tinha uma cotação negativa de US$ 35, tombo de 291%. Esta é a primeira vez que os contratos são negociados a cotações abaixo de zero e também é o maior tombo do preço da commodity na história.
Um fator importante para entender a desvalorização do produto é a falta de espaço para armazenar o excesso de petróleo no mercado. Sem locais para armazenar o insumo e com a demanda em colapso, os players do mercado correram para negociar o contrato de maio, que vencerá amanhã (21). Por isso os preços foram para o terreno negativo, já que ninguém está comprando.
A desvalorização reflete a falta de perspectivas positivas para o setor de óleo e gás no curto prazo, já que há grande oferta de petróleo no mercado e a demanda mundial por combustíveis fósseis deve continuar baixa devido à pandemia do coronavírus. Conforme já noticiamos, a Agência Internacional de Energia (AIE) prevê que a demanda mundial sofrerá uma queda de 29 milhões de barris por dia em abril.
Enquanto isso, os contratos do WTI com vencimento em junho também seguem a mesma tendência de perdas, com desvalorização de 15,8%, sendo negociado a US$ 21. Já o barril Brent, negociado em Londres, era vendido a US$ 25,80, recuo de 8%.
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