BARRIL DE PETRÓLEO É NEGOCIADO ABAIXO DE US$ 55 E COMPLICA AINDA MAIS OS PLANOS DA PETROBRÁS
Mais uma dor de cabeça para a Petrobrás, o preço do barril de petróleo teve nova queda relevante nesta segunda-feira (5). O barril do tipo Brent, negociado em Londres, chegou a ser vendido por menos de US$ 55 (exatamente US$ 54,85), o menor valor desde 2009. O preço do barril do tipo WTI, que só é comercializado no mercado interno americano, também alcançou seu menor patamar desde 2009, chegando a ser negociado por US$ 49,95. Os dois apresentaram leves recuperações ao longo do dia, mas não muito, ficando em torno de US$ 54,95 e US$ 50,20, respectivamente.
As empresas de petróleo vêm tendo que refazer estratégias e pensar com mais cautela em seus projetos, em função da grande redução do preço do barril que vem ocorrendo há meses. Considerando o ano de 2014, o recuo foi de 48%, o maior desde a crise global de 2008, sendo que na semana passada a cotação do Brent caiu 5,1%.
A expectativa do mercado internacional era que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) cortasse sua produção, para manter o preço alto que vinha sendo praticado. Os 12 países membros produziram em dezembro acima de sua meta pelo sétimo mês seguido, o que forçou os preços ainda mais para baixo. Além disso, a Rússia também alcançou a sua maior produção histórica no ano de 2014.
O resultado disso é que muitos projetos de exploração começam a ser repensados no mundo. Para o Brasil, a notícia é péssima, já que o pré-sal está entre as áreas de exploração com custo relativamente alto. A Petrobrás não dá valores específicos para o breakeven de seus projetos na camada, mas o próprio governo e a ANP se manifestaram dizendo que o preço do barril não afetava a produção enquanto se mantivesse acima de US$ 60. Agora, com a nova queda, a situação se agrava.
Em apresentações na Rio Oil & Gas 2014, alguns representantes da Petrobrás chegaram a mencionar projetos no pré-sal em que o breakeven estava entre US$ 35 e US$ 40, mas não foram números divulgados oficialmente pela empresa. Fontes do Petronotícias acreditam que haja projetos no pré-sal com breakeven nesta faixa, mas também alguns um pouco mais custosos. A própria presidente da estatal, Graça Foster (foto), disse, em palestra realizada em junho do ano passado, que o breakeven do pré-sal variava entre US$ 41 e US$ 57.
De qualquer maneira, o fato é que a situação, acompanhada da alta do dólar, fará com que a Petrobrás tenha que rever detalhadamente seus planos. Como se não bastassem as baixas que a estatal precisará fazer nos valores dos ativos por conta dos escândalos de corrupção, as perdas com a queda do preço do barril só vêm para deixar o futuro da empresa mais nebuloso.
Para se ter ideia, o plano de negócios da Petrobrás previa o barril a US$ 105 em 2014, caindo gradativamente a US$ 100 até 2017 e US$ 95 a partir de 2018. Além disso, o dólar estava calculado bem abaixo do patamar atual, o que agrava a situação das dívidas da estatal contraídas na moeda estrangeira.
Nesta segunda-feira (5), o governo federal publicou no Diário Oficial da União uma abertura de crédito para as estatais brasileiras e destinou mais de R$ 23 bilhões à Petrobrás. No entanto, a publicação não detalhou como será concedido (se será por meio de financiamento ou outro tipo de operação) e em que prazo a estatal terá acesso ao dinheiro.
Na verdade não podemos deixar que fortunas que podem ser investidas em outras fontes de energia menos poluentes e mais baratas sejam jogadas no fundo dos poços de petroleo que o mundo aos poucos esta evitando. Esse governo é insano e incompetente em gerir e administrar o dinheio publico, insistindo em planejamentos sem futuro e jogando esse futuro no lixo. O exemplo é o déficit da balança comercial reflexo da total ineficiência do governo atual em administrar suas contas com gastos excessivos e sem objetividade. Aumentar a produtividade industrial com investimentos públicos e privados e assim formar a alavanca principal… Read more »