BARUSCO PEDE SUSPENSÃO DE ACAREAÇÃO COM DUQUE E VACCARI NA CPI DA PETROBRÁS
O ex-gerente da diretoria de Serviços da Petrobrás, Pedro Barusco (foto), entrou com pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender sua acareação com ex-diretor da mesma área, Renato Duque, e com o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Segundo o laudo médico, ele enfrenta um câncer e não teria condições físicas de prestar depoimento nas sessões da CPI da Petrobrás, que se estendem por horas. As acareações estavam marcadas para quarta e quinta-feira desta semana.
O pedido deve ser analisado pelo ministro Celso de Mello, do STF. Na última semana, o pedido de Duque para suspensão da audiência foi negado pelo presidente da corte, Ricardo Lewandowski.
A defesa de Barusco, no pedido submetido ao tribunal, afirma que o ex-executivo não pode ficar muito tempo sentado devido a fortes dores nos braços e nas pernas, causadas por um câncer ósseo e agravadas por sua pressão alta. “Por tal motivo, desde já, o paciente se compromete a comparecer na Câmara dos Deputados a fim de prestar novos esclarecimentos na CPI da Petrobrás, bem como participar de acareações, desde que esteja bem de saúde e seja autorizado por seus médicos. No mais, a concessão de liminar no presente habeas corpus trata de questão humanitária”, afrma o documento.
O ex-gerente da estatal tem acordo firmado com a Justiça Federal para o processo de delação premiada, e em março compareceu a uma audiência da CPI, na qual detalhou sua participação no esquema de corrupção da Petrobrás. Em suas declarações, Barusco afirmou que o pagamento de propina em contratos fraudulentos era um problema “endêmico” na diretoria em que trabalhava. Segundo ele, Vaccari e Duque também eram beneficiados pelo esquema ilícito.
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