BASF INAUGURA HOJE COMPLEXO ACRÍLICO NA BAHIA

Camaçari (BA) – A Basf inaugura nesta sexta-feira (19) um grande complexo acrílico em Camaçari, na Bahia, fruto de seu maior investimento na América do Sul. O novo polo industrial da empresa alemã recebeu cerca de 500 milhões de euros ao longo dos últimos anos e será focado na fabricação de três produtos: ácido acrílico, acrilato de butila e superabsorventes, utilizados em resinas, tintas, fraldas e absorventes íntimos, além de terem aplicações nas indústrias têxtil e de construção. A cerimônia contará com a presença da presidente Dilma Rousseff e dos dois principais executivos da empresa alemã na região, Alejandro Heine e Agustín Sanchez.

A construção das três fábricas que compõem o complexo chegou a empregar 5 mil pessoas durante as obras, e a previsão é que sejam mantidos 230 empregos diretos e 600 indiretos durante a operação. Para a gestão da planta, a Basf precisou levar uma parte de seus funcionários para serem treinados nas fábricas da empresa na Antuérpia, na Bélgica, e no Texas, nos Estados Unidos.

O complexo já iniciou a fase pré-operacional há alguns meses, com a produção ainda em escala não comercial, como parte do processo de comissionamento, mas foi projetado para ser uma unidade de atendimento global, de modo que a produção será voltada não só ao mercado doméstico brasileiro, mas também à exportação, com capacidade para 160 mil toneladas anuais de ácido acrílico e 60 mil toneladas de polímeros superabsorventes.

As estimativas iniciais indicam que as três fábricas da companhia alemã reunidas no polo acrílico terão um impacto positivo de US$ 300 milhões na balança comercial do País, sendo US$ 100 milhões referentes à exportação e US$ 200 milhões pela substituição de importações.

A escolha do polo de Camaçari pela Basf se deu em 2011, um ano antes do início da construção da unidade, sendo que um dos maiores motivadores foi a disponibilidade de matéria-prima (propeno) e de utilidades fornecidas pela Braskem, que entrou inicialmente como parceira estratégica no projeto.

A expectativa na região, que já começou a se concretizar com alguns casos recentes, é que o polo da Basf venha a atrair outras empresas satélites, com a instalação de fábricas próprias no local, para aproveitar o fornecimento da matéria-prima produzida pela companhia alemã.