BASF VÊ CENÁRIO DESAFIADOR, MAS ESTÁ OTIMISTA DEPOIS DAS RODADAS DE NEGÓCIOS E OS INVESTIMENTOS QUE VIRÃO
Dentro do nosso projeto de ouvir personalidades do mercado que, de certa forma, por suas atuações e de suas empresas influenciam as tomadas de decisões, fomos ouvir Rogério Zadra, Gerente Regional de Oilfield Solutions da BASF para a América do Sul. Ele também viu o último ano com muita dificuldade, mas está mais otimista para este ano. Zadra defende que o país tenha uma agenda positiva, invista em educação, em produtividade e pesquisa e desenvolvimento, como a sua empresa faz a nível mundial. Vamos saber as suas opiniões:
1-Como analisa os acontecimentos de 2017 em seu setor?
-“ Apesar do cenário geral conturbado, negativo, há um certo otimismo no setor, especialmente quanto à flexibilização das políticas de conteúdo local e a retomada dos leilões, inclusive de entrada de novos players internacionais no setor de óleo e gás no Brasil, o que demostra que o país figura como um interessante prospecto dentro do contexto global. Além disso, a produção de óleo e gás no pré-sal vem crescendo de forma significativa, contribuindo para a balança comercial e posicionando o Brasil como um ator importante dentro desse mercado.
Seguem como uma preocupação do mercado as regulamentações do IBAMA para as áreas de exploração e produção, especialmente no offshore brasileiro. Nesse contexto, a BASF tem trabalhado de forma a promover seu amplo portfólio de soluções de químicos para petróleo que são eficientes, mas também sustentáveis. Um exemplo é o caso do Basorol RV, um produto usado para tratamento de água proveniente da produção de óleo e gás e que é de fonte renovável e biodegradável. Além de ser um produto ecologicamente amigável, conseguimos introduzir o produto em diferentes plataformas no Brasil por meio de nossos clientes parceiros, e não somente alcançar os resultados esperados quanto à qualidade da água para descarte no mar dentro dos padrões do IBAMA, mas também conseguimos reduzir ou eliminar o uso de água na plataforma. Importante dizer que o produto não requer diluição e pode ser aplicado pronto para uso ou consumo de energia em trocadores de calor utilizados no processo.”
2-Quais seriam as soluções para os problemas que o país atravessa?
-“ O Brasil tem diversos e profundos desafios a vencer. Precisamos de uma agenda positiva e sustentável de investimentos. Além da educação, um ponto importante para esse desenvolvimento seriam investimentos em aumento de produtividade, Pesquisa & Desenvolvimento e inovação. Nos últimos anos o Brasil não tem investido nessas áreas de forma significativa. Acompanhamos, inclusive, muitas empresas do setor também deixando de investir por falta de perspectivas mais atrativas de retorno. A BASF investe constantemente no desenvolvimento de novas soluções e tecnologias, e em aprimoramento de sua operação para se manter competitiva e sustentável. Em 2016, a empresa investiu, globalmente, quase €2 bilhões em P&D em todos os negócios. Os números de 2017 ainda serão divulgados.”
3-Quais as perspectivas para 2018? Pessimistas ou otimistas?
– “ O cenário é bastante desafiador, mas com uma perspectiva otimista, principalmente devido ao retorno dos leilões que atrairão novos investimentos, à retomada da atividade de exploração e a continuidade no aumento de produção no pré-sal. Apesar de ainda existirem muitas incertezas relacionadas ao cenário político e econômico, a BASF acredita no potencial do mercado brasileiro e na recuperação do mercado. O principal desafio é crescer de maneira sustentável e, para isso, a empresa procura estar cada vez mais próxima de seus clientes para entender e poder atender suas demandas e servir a indústria de óleo e gás com soluções importantes, sustentáveis e inovadoras.”
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