EM DEPOIMENTO NA CPI DA PETROBRÁS, BENDINE AFIRMOU BUSCAR REFORMAR GOVERNANÇA

A CPI da Petrobrás recebeu na tarde desta quarta-feira (14) o presidente da estatal, Aldemir Bendine (foto), para dar explicações sobre o funcionamento da companhia e como está atuando para recompor a empresa. O executivo afirmou estar em busca de “reformar” a governança e disse que a Petrobrás voltará a ser “motivo de orgulho” para a população.

Obrigado a se apresentar aos deputados, Bendine declarou ser necessário um trabalho de resgate da imagem da companhia, frente aos tempos difíceis vividos. “Um modelo de gestão com capacidade de gestão efetivo para a empresa e, ao mesmo tempo, a reforma na sua governança”, disse. “Nós estamos procurando um modelo mais blindado, com mais segurança nas decisões, trabalhando de uma forma em que o novo modelo decisório privilegie decisões colegiadas, nunca individuais”, afirmou.

Uma verticalização na governança dentro da Petrobrás antes da sua gestão foi comentada pelo atual presidente. A razão para isso foi o “crescimento expressivo” da companhia nos últimos 20 anos, avaliou Bendine. O problema foi que “a governança e as boas práticas”, de acordo com ele, “não vieram na mesma velocidade que se deu o crescimento da companhia”. “E está aí a raiz dos problemas da Lava Jato: se privilegiavam as decisões individuais na empresa”, pontuou o executivo.

Pontos positivos também foram trazidos por Bendine, como a exploração diária do petróleo do pré-sal, que chegou a 860 mil barris por dia e tem uma meta de alcançar 1 milhão no ano que vem. Os esforços para colaborar com as autoridades que estão investigando a Operação Lava Jato também foram enaltecidos, além das medidas internas de controle e investigação que passaram a ser adotadas.

“Nós já enviamos mais de 5 mil relatórios de auditoria às autoridades, R$ 296 milhões foram devolvidos à Petrobras e já foram 1,5 mil contratos enviados a esta CPI. Então, gostaria de frisar que a Petrobras é vítima deste processo que ela viveu no passado”, afirmou