BENDINE NEGA INTENÇÃO DE VENDER PARTICIPAÇÕES NO PRÉ-SAL E REAFIRMA TER INDEPENDÊNCIA À FRENTE DA PETROBRÁS
O presidente da Petrobrás, Aldemir Bendine (foto), começou a dar mais declarações sobre seus planos à frente da companhia, e faz questão de reafirmar sua posição de independência em relação ao governo. O executivo falou sobre sua estratégia, em entrevista ao Wall Street Journal, e negou que tenha a intenção de vender participações em blocos do pré-sal, além de se dizer contra a mudança da regra de exploração da área, que obriga a estatal a ter participação mínima de 30% em todos os ativos, além de sempre ser a operadora.
Bendine falou ainda que a política de preços dos combustíveis, uma pedra no sapato das lideranças anteriores na Petrobrás, não sofre interferência do Palácio do Planalto, e disse que “não existe a possibilidade” de indicações sem a sua aprovação para cargos chaves da empresa.
Apesar de negar a venda de ativos no pré-sal, considerados estratégicos, o executivo ressaltou que a venda de participações nas áreas de refino, termelétrica e de distribuição continua no radar da companhia. A estatal enviou inclusive uma comitiva para a China nos últimos dias, com o intuito de buscar interessados em entrar como sócios no Comperj, que atualmente está com as obras praticamente paralisadas e pode acabar virando sucata se ficar muito tempo sem que as instalações sejam utilizadas, como revelou recentemente o Petronotícias. Bendine deve se reunir nesta quarta-feira (19) com prefeitos da região onde se encontra o Complexo Petroquímico, para debater questões relacionadas à paralisação das atividades.
A reportagem americana destacou o fato de a dívida da Petrobrás, avaliada em cerca de US$ 133,9 bilhões, ser a maior dentre as grandes empresas do setor global de energia, e coloca dúvidas sobre a capacidade de cumprimento do plano de desinvestimentos traçado pela estatal, da ordem de US$ 57,7 bilhões. Também faz uma análise dos preços das ações desde que Bendine assumiu o comando da companhia e indica que, apesar de ter havido uma alta de até 40% no valor dos papéis nos primeiros meses, hoje a ação está cotada abaixo do que estava na data de sua entrada na empresa. Sobre isso, O executivo não deu sinais de incômodo: “Não estamos ansiosos”, disse ao jornal.
Um dos pontos em destaque como parte desta estratégia é a venda de 25% do capital da BR Distribuidora, que foi aprovada pelo Conselho da estatal nesta semana e deve ser levada à cabo após a nomeação de um novo presidente, em substituição a José Andrade Lima Neto, que deverá deixar a subsidiária.
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