BENTO ALBUQUERQUE PROPÕE QUE ÍNDIA E BRASIL FAÇAM DO ETANOL UMA COMMODITY MUNDIAL
O Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, defendeu nesta quinta-feira (23) que Brasil e Índia se unam para tornar o Etanol uma Commodity mundial. Ele fez esta proposição durante a realização do Seminário sobre “Oportunidades de Negócios entre Índia e Brasil em Energia e Mineração” em, Nova Délhi, na Índia: “O Brasil é o maior produtor mundial de etanol de cana de açúcar; a Índia possui a maior indústria de açúcar do Mundo. Proponho que unamos nossos esforços para tornar o etanol uma commodity global.” O debate contou com o Ministro de Energia e de Recursos Novos e Renováveis da Índia, Raj Kumar Singh, e da Ministra da Agricultura do Brasil, Tereza Cristina. Ele explicou que o setor nuclear passou a ter prioridade no Governo do Presidente Jair Bolsonaro, diante das vantagens únicas, devido ao domínio do ciclo nuclear e a posse de grandes reservas de urânio, a sétima do mundo, com pouco mais de 30% de área prospectada.
Em sua apresentação, o Ministro Bento Albuquerque enfatizou as complementaridades existentes entre a Índia e o Brasil: “duas economias grandes com consideráveis oportunidades para investidores”. A Índia possui o mercado energético que mais cresce no mundo, importa 80% do petróleo que consome, e o Brasil um exportador líquido de petróleo, produto com maior peso no comércio bilateral dos dois países. Albuquerque destacou as oportunidades de investimentos nos setores de petróleo e gás brasileiros, com investimentos projetados em R$ 1 trilhão nos próximos 30 anos. Citou a modernização do setor elétrico brasileiro com potencial de expansão em transmissão e geração nos diversos leilões que são realizados anualmente: “O crescimento econômico brasileiro está acelerando e nos próximos dez anos vai empurrar a demanda de energia em cerca de 4% ao ano”, afirmou o Ministro brasileiro. Destacou que, o desafio contínuo do Brasil no setor de energia está em promover a expansão da matriz brasileira e proporcionar segurança energética, visando o desenvolvimento sustentável. “Para alcançar esse objetivo estratégico, investiremos mais na diversificação de nossas fontes de energia, projetando um aumento da participação de renováveis de até 48% nos próximos dez anos.”
O ministro apresentou as projeções de crescimento e o desempenho dos diversos setores da matriz energética brasileira, bem como as estimativas de investimentos em petróleo, gás natural, energias renováveis, mineração e energia nuclear. Ele confirmou que o setor nuclear tem prioridade no Governo do Presidente Bolsonaro, pelas das vantagens únicas devido ao domínio do ciclo nuclear e a posse de grandes reservas de urânio. Destacou como característica da energia nuclear a baixa emissão de carbono e a capacidade de garantir 90% de energia firme na geração. Ao final de sua apresentação, o ministro afirmou “que o futuro é bio, é petróleo, é gás, é nuclear, é vento e solar, é carvão. É diversificação”.
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