BLUE SOL EXPANDE OPERAÇÕES NO MERCADO DE GERAÇÃO FOTOVOLTAICA E BUSCA MULTIPLICAR VENDAS NO SETOR RESIDENCIAL | Petronotícias




faixa - nao remover

BLUE SOL EXPANDE OPERAÇÕES NO MERCADO DE GERAÇÃO FOTOVOLTAICA E BUSCA MULTIPLICAR VENDAS NO SETOR RESIDENCIAL

Por Luigi Mazza (luigi@petronoticias.com.br) –

andreas maedaImpulsionado por novos incentivos do governo federal, o mercado brasileiro de energia solar vem ganhando cada vez mais adeptos e o momento é de amplo crescimento para as demandas do setor. Desde a melhoria nas condições financeiras da geração distribuída até o aumento nas tarifas do mercado convencional, que vem causando uma forte migração para sistemas fotovoltaicos, o cenário converge com novos estímulos e o otimismo já se reflete no resultado de empresas. É o caso da Blue Sol, que atua nas diversas etapas do fornecimento de equipamentos de geração solar e busca hoje ampliar seu portfólio de clientes, baseada em projeções de reduções de custos que podem atingir até 95% nas contas de luz residenciais. De acordo com o coordenador de vendas da empresa, Andreas Maeda, a adoção de sistemas fotovoltaicos rende uma economia imediata, além de abater gastos com consumo por um período que pode se estender a até 30 anos. As condições, facilitadas por meio de nova resolução do governo, vêm se tornando mais atrativas para o investimento e a expectativa é de um crescimento ainda maior pelos próximos meses, podendo passar por novas melhorias como a redução dos juros para financiamentos. Segundo Maeda, a mudança pode ampliar a confiança em projetos do setor, que hoje expande seus negócios a largos passos e conta com boas perspectivas. Após triplicar seu faturamento em 2015, a Blue Sol vem aumentando suas demandas no nicho residencial e a meta é ampliar em cinco vezes as vendas ao longo deste ano.

Como vem se dando o crescimento do mercado brasileiro de energia solar ao longo dos últimos meses?

Nós tivemos um grande crescimento no último relatório da Aneel, que fala sobre o crescimento de sistemas de geração distribuída entre 2014 e 2015. Em outubro de 2014, tínhamos mil sistemas homologados pela agência, e esse total subiu para 1.731 no mês de dezembro. Desses, 1.675 são sistemas de geração solar fotovoltaica, o que corresponde a 96% das homologações. Se compararmos com a eólica, que vem em seguida com 33 sistemas, vemos que a penetração em relação a outras fontes é bem maior. 

Essa conta é voltada para aplicações residenciais?

São sistemas de vários tipos, incluindo aplicações para casas, negócios e usinas solares. Quando dividimos por estado, podemos ver que a maior concentração desses sistemas se dá hoje na região Sudeste. Os quatro que têm mais aplicações são Minas Gerais, com 333 sistemas, Rio de Janeiro, com 203, Rio Grande do Sul, com 186, e São Paulo, com 182.

Qual foi o impacto das novas regulações do governo sobre esse crescimento?

Em 2015, tivemos três grandes impulsionadores. O primeiro foi a isenção do ICMS para geração distribuída, taxa que era cobrada na conta de luz em cima da energia gerada, reduzindo em 25% o valor da compensação energética. Os outros fatores foram a isenção do PIS e do Cofins, impostos federais que cortavam a compensação em mais 33%, fazendo o KWh valer menos. 

Que mudanças positivas o novo marco regulatório trouxe para o setor?

Nosso marco foi regulado em 2012, e agora em 2015 tivemos a atualização dessa resolução, que consistiu em uma facilitação do governo para as pessoas utilizarem a geração distribuída. O primeiro ponto importante foi o auto-consumo remoto, que permite que as pessoas gerem energia limpa em um local distante, desde que ele esteja localizado na mesma área de concessão da distribuidora. A segunda melhora foi o aumento na validade dos créditos que são acumulados quando a produção é maior do que o consumo. Esses créditos, garantidos junto à distribuidora, foram estendidos agora para cinco anos. E a terceira melhoria foi a redução da espera para se conectar na rede, porque você precisa da liberação para ligar o sistema e usufruir da geração. Essa homologação levava até 82 dias, e agora caiu para um limite de 34 dias. 

Essas melhorias vêm se convertendo em maiores demandas para a Blue Sol?

Com certeza, estamos acompanhando esse crescimento. Em 2015, tivemos 140 sistemas fotovoltaicos vendidos, somando vendas próprias e por integradores. E agora, apenas neste primeiro trimestre, já foram vendidos 101 sistemas, então houve um crescimento bem interessante nesse período. No ano passado, as instalações cresceram três vezes em relação a 2014, ampliando o nosso faturamento em 240%. Para 2016, esperamos ampliar em cinco vezes o crescimento que tivemos em 2015.

A Blue Sol atua em que etapas dessa cadeia?

Hoje, estamos avançando no projeto turn key, cuidando desde o começo da instalação até o final para que o cliente tenha a experiência completa sem dor de cabeça. Nós fazemos o projeto, a entrega, a instalação, a homologação dos sistemas nas distribuidoras e o suporte técnico durante a vida útil dos equipamentos.

A empresa foca hoje em alguma área específica do segmento?

A Blue Sol tem duas áreas distintas: uma de projetos e outra de cursos de capacitação. Em projetos, temos o setor que atende a residências e negócios de pequeno e médio porte, além de uma área que atende a indústrias e pessoas interessadas em projetos de usinas. Com a capacitação, já formamos mais de 5 mil pessoas que querem fazer carreira ou empreender nesse mercado.

As principais demandas hoje são por sistemas residenciais?

Sim, é o setor que concentra hoje a maior parte dos nossos sistemas. É onde estão as maiores tarifas e onde a conta de luz mais aumenta, chegando a uma alta acumulada de até 70% em algumas regiões do país. Isso vem levando à ampliação da busca pela geração própria de energia. A venda massiva de sistemas solares vai para as residências, mas isso já começa a se expandir para a indústria. 

Qual é a redução de custos proposta pela Blue Sol com os sistemas de geração?

Atualmente, é possível obter uma economia de até 95% nas contas de luz. Nós trabalhamos para que o cliente gere toda a energia que puder compensar, restando apenas um valor baixo a ser cobrado pela distribuidora. Uma conta de R$ 1 mil, por exemplo, pode baixar para R$ 75 por mês. A pessoa que tem uma ligação trifásica, consumindo ou não, paga o equivalente a 100 KWh, que é o custo de disponibilidade da energia. A adoção da geração própria permite uma economia imediata, além da proteção que dá contra os aumentos na conta de luz pelos próximos 25 a 30 anos. E a instalação dos sistemas também gera a valorização do imóvel, que se torna mais atraente no mercado. 

Que novos incentivos podem impulsionar o crescimento do setor?

A meu ver, são necessárias linhas de financiamento com taxas de juros menores que 1% ao mês e pagamentos mais prolongados. Hoje, cerca de 70% das vendas diretas para residências e pequenas e médias empresas ocorrem por financiamento privado, mas muitos clientes ainda deixam de comprar por achar essa taxa de juros muito elevada. Quando tivermos linhas divididas em 60 vezes e com juros menores, sentimos que isso dará mais tranquilidade e segurança para o setor. Além disso, está tramitando hoje a liberação do fundo de garantia para pessoas investirem em geração própria. 

1
Deixe seu comentário

avatar
1 Comment threads
0 Thread replies
0 Followers
 
Most reacted comment
Hottest comment thread
1 Comment authors
Fabio Recent comment authors
  Subscribe  
newest oldest most voted
Notify of
Fabio
Visitante

Parabens pela máteria Maeda,vamos continuar á divulgar nosso setor!!!!