BNDES VAI LIBERAR APENAS METADE DO DINHEIRO PARA SETE BRASIL CONSTRUIR AS 28 SONDAS

 O Banco Nacional de Desenvolvimento Social – BNDES –   vai  conceder um dos maiores empréstimos da sua história. O empréstimo será de mais de 15 bilhões de reais para a Sete Brasil construir 28 sondas de perfuração para a  Petrobras.  Pelas contas do banco, o financiamento, ainda sob  estudo dos técnicos, chegará a R$ 15 bilhões, apesar Sete Brasil esperar um valor ainda maior: 23,6 bilhões de reais, metade do que vau custar construir as 28 sondas. Pelas regras do banco, só são passíveis de financiamentos bens e serviços produzidos no Brasil. Considerando uma “curva de aprendizagem” da indústria doméstica de fornecedores, a Sete Brasil prevê que a meta de conteúdo local das sondas comece em 55% e avance gradualmente até 65%.Segundo a empresa, o BNDES já deu garantias de que vai financiar a construção das sete primeiras sondas, encomendadas ao estaleiro Atlântico Sul (PE) -que sofre com atrasos em suas entregas e tem problemas para formar mão de obra. A companhia estima que os desembolsos do BNDES vão ocorrer de 2012 a 2020.

O BNDES tem R$ 45 bilhões já contratados em financiamentos ao setor de petróleo e gás. Mas este valor  pode chegar a quase R$ 80 bilhões nos próximos anos. Atualmente, a instituição tem mapeado outros R$ 33 bilhões em empréstimos, valor que inclui a liberação de recursos para construção de sondas de perfuração em águas profundas da Petrobras. O banco criou, em meados do ano passado, um departamento específico para estimular o crescimento da cadeia de fornecedores do setor. A atual carteira de financiamentos tem contratos fechados desde 2006. As operações feitas diretamente pela Petrobras somam R$ 25 bilhões, sendo cerca de R$ 9 bilhões para a construção da usina de Abreu e Lima em Pernambuco. O restante será usado para investimentos em gasodutos e expansão das atividades da estatal. No final de 2011, anunciou um programa para disponibilizar R$ 4 bilhões em financiamento para empresas que já fornecem ou pretendem se inserir na cadeia de petróleo e gás.