BOLÍVIA QUER DISPUTAR MERCADO DE DISTRIBUIÇÃO DE GÁS NATURAL NO BRASIL

Mais uma vez o encontro entre o presidente boliviano Evo Morales e o presidente Michel temer precisou ser adiado novamente pelo meso motivos: a saúde do presidente brasileiro. Primeiro Temer teve o problema na próstata e foi hospitalizado em Brasília. Agora precisou fazer um cateterismo . Na verdade,  Morales  vem  falar sobre o desejo da YPBF, a petroleira boliviana que está cogitando entrar no mercado varejista de distribuição de gás natural do Brasil, que está abrindo o setor à competição. A Petrobrás pretende limitar suas operações de transporte de gás natural e vender ativos como seus oleodutos e gasodutos,  sob argumento  de reduzir sua  dívida.

A Bolívia acredita que poderia vender até 45 milhões de metros cúbicos por dia no Brasil.  O diretor-executivo da YPBF, Javier Barriga Arteaga disse que  ” A medida que a Petrobrás deixar de ser a principal força nas vendas de gás, obviamente lutaremos para chegar ao consumidor final. Não iremos só vender para o Brasil, mas  tentar vender  para vários clientes. A  YPFB se estabelecerá no Brasil para poder vender diretamente também ao consumidor final.”

O aumento da produção em solo brasileiro significa que a Petrobrás, que atualmente compra gás da Bolívia e o distribui através de sua própria rede, não está usando tanto quanto poderia nos termos do contrato que tem com os bolivianos. Este contrato, que vence em 2019, está sendo renegociado há seis meses. A Petrobrás tem até o final do ano para declarar seu interesse em renová-lo. A YPFB, fornecedora de longa data do Brasil, viu suas reservas diminuírem em 57 % ao longo da última década, o que despertou dúvidas sobre sua capacidade de intensificar seu suprimento para o Brasil.