BOLOGNESI CONSTRUIRÁ PRIMEIROS TERMINAIS DE REGASEIFICAÇÃO DE GNL COM CAPITAL PRIVADO DO PAÍS
O grupo gaúcho Bolognesi promoverá a construção de dois terminais de gaseificação no Brasil. As duas obram foram viabilizadas no leilão A-5, que negociou que duas usinas termelétricas a gás fossem construídas pela empresa. As instalações ficarão nos portos de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, e Suape, em Pernambuco. A operação das obras ficará por conta da Excelerate Energy, que assinou um acordo de 25 anos de operação dos terminais de regaseificação. Este representará o primeiro investimento privado em um terminal desse tipo no país.
Com estrutura financeira já montada, as usinas custarão cerca de R$ 6 bilhões somados. Os terminais terão capacidade de fornecimento de 14 milhões de metros cúbicos diários de gás natural cada, sendo 6 milhões m³ previstos para o abastecimento da usina, enquanto 8 milhões de m³ direcionados para a venda no mercado. O processo de regaseificação consiste de transformar o gás, transportado no estado líquido para ocupar menos espaço, para o seu estado gasoso novamente.
Presidente da empresa, Ronaldo Bolognesi se mostrou bastante animado com o empreendimento. “O governo deu um sinal muito postivio de que vai contratar térmicas a gás com preços mais razoáveis. Tivemos tarifas que permitiram viabilizar economicamente esses projetos. Foi uma mudança brutal. Somos o primeiro grupo a conseguir fechar contratos de longo prazo para compra de gás natural liquefeito no país”, analisou.
A instalação dos terminais vêm em bom momento, principalmente no Rio Grande do Sul, uma vez que o único abastecimento de gás na região é realizado pelo gasoduto Bolívia-Brasil, que já apresenta certo desgaste. A Petrobrás é a única outra empresa com terminais do tipo no país. São três: a unidade da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro; a unidade de Pecém, no Ceará, e a da Baía de Todos os Santos, na Bahia.
Deixe seu comentário