BOLSONARO CRITICA CASTELLO BRANCO, FALA EM MUDANÇAS NA PETROBRÁS E PROMETE ZERAR IMPOSTOS NO DIESEL E NO GLP
O presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco, pode estar aproveitando a noite desta quinta-feira para escrever seu discurso de despedida, após ouvir as últimas declarações do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais. A fala foi dura e a era de Castello Branco à frente da estatal pode estar subindo no telhado. Bolsonaro criticou o novo aumento nos preços dos combustíveis e falou em “mudanças” na estatal nos próximos dias, sem entrar em detalhes. Ele reclamou ainda da forma como Castello Branco se referiu recentemente aos caminhoneiros – dando de ombros para as queixas dos motoristas e dizendo que nada tinha a ver com a classe. “Isso vai ter uma consequência, obviamente”, cravou Bolsonaro. O presidente prometeu também que irá zerar os impostos federais (PIS/Cofins) sobre o gás de cozinha (GLP) e também sobre o óleo diesel.
As falas duras de Bolsonaro foram uma reação do governo após o anúncio de um novo reajuste nos combustíveis feito pela Petrobrás, o segundo em menos de um mês. A estatal já fez quatro reajustes na gasolina e três no diesel somente em 2021. Assim, o preço dos dois combustíveis neste ano acumulam uma alta de 34,7% e 27,7%, respectivamente.
Enquanto criticava o aumento dos preços nos combustíveis, o presidente reclamava como alguns órgãos se isentavam de responsabilidade sobre a situação dos reajustes sucessivos. E deu um recado duro para o presidente Castello Branco: “Eu não posso chamar atenção da Agência Nacional do Petróleo (ANP), porque é independente. Mas têm atribuição também. Você vai em cima da Petrobrás. Mas ela diz: ‘não é obrigação minha’”, afirmou Bolsonaro. “Ou como disse o presidente da Petrobrás há poucos dias atrás: ‘eu não tenho nada a ver com caminhoneiro’. Foi o que ele falou. Isso vai ter uma consequência, obviamente”. As declarações foram feitas durante sua live semanal em seu perfil em uma rede social.
O presidente detalhou a ideia de zerar a cobrança de PIS/Cofins sobre os combustíveis. A renúncia fiscal de impostos federais no GLP será permanente, a partir de 1º de março. Já o desconto no diesel terá duração de dois meses e também começará a valer a partir de 1º de março, segundo Bolsonaro. Ao longo desses dois meses de renúncia fiscal, o presidente disse que irá buscar uma forma de zerar definitivamente o imposto federal em cima do diesel.
“Nesses dois meses nós vamos estudar uma maneira definitiva de buscar zerar o imposto para ajudar a contrabalancear esses aumentos, no meu entender excessivos, da Petrobrás”, declarou. Logo em seguida, o presidente continuou dizendo que não poderia interferir na estatal, mas que “alguma coisa vai acontecer na Petrobrás nos próximos dias, você tem que mudar alguma coisa, vai acontecer”.
Os aumentos seguidos no preço dos combustíveis mexem com o ambiente em Brasília, porque são temas que acabam interferindo, em certo grau, na popularidade do governo, segundo própria avaliação de Bolsonaro: “Teve um aumento, no meu entender, aqui, eu vou criticar, um aumento fora da curva da Petrobrás. 10% hoje na gasolina e 15% no diesel. É o quarto reajuste do ano. A bronca vem sempre para cima de mim, só que a Petrobrás tem autonomia”, concluiu.
Isso por que ainda é estatal! Imagina se fosse privada?! Aí é que não se teria como mesmo de intervir em mais coisa alguma. Os preços iam subir e ferrar de vez com o sofrido povo desse país.
A Petrobrás se notabiliza pela política voltada exclusivamente ao acionista. Esquecendo que é uma empresa que monopoliza o refino e o fornecimento dos combustíveis no país. Explora (com plataformas todas feitas fora do país, portanto exporta empregos e potencial geração de riquezas para as empresas brasileiras), refina e vende para o mercado interno, sem concorrência, com preços atrelados ao dolar e ao mercado do barril de petróleo externo. Ou seja, age como uma estatal monopolista na hora de aferir lucros no mercado interno fazendo valer sua condição, mas na hora de gerar empregos, induzir ao desenvolvimento da indústria local, então… Read more »
Mas as ações da Petrobrás foram diluídas ao longo do tempo a partir do FHC. Isso tem que ficar claro. Outra coisa: o Conselho de Administração junto acata as decisões de desinvestimento, entrega de patrimônio e data políticas de preços com base no mercado internacional COM aval do atual governo. Tem-se que tomar cuidado e distinguir a alta administração dos seus empregados que entendem que estás decisões são NOCIVAS ao país principalmente e para a própria companhia. O custo de exploração, o preço do barril refinado são baixos pela capacidade, tecnologia empregadas pelos empregados e terceirizados. Os impostos estaduais ICMS,… Read more »
O CEO da Petrobras, por não assumir o problema do aumento de preço do diesel, acaba por comprometer o Governo Bolsonaro. O que pensa o CEO da Petrobras sobre os preços do diesel e greve dos caminhoneiros? O presidente da Petrobras, Roberto Castelo Branco, afirmou em evento on-line do Credit Suisse, que a dificuldade enfrentada pelos caminhoneiros após o ajuste dos preços do diesel “não se trata de um problema” da empresa. Caminhoneiros vêm pressionando o governo e ameaçam com uma greve após a alta nos preços. “Os caminhoneiros autônomos têm uma frota cuja idade média é de 20,5 anos.… Read more »