ATAQUE AMERICANO CONTRA O IRÃ VAI IMPACTAR PREÇO DO PETRÓLEO E DOS COMBUSTÍVEIS

O mercado mundial de petróleo acordou agitado nesta sexta-feira (3) após o ataque dos Estados Unidos contra o Irã, que resultou na morte do comandante das Forças Quds, unidade especial da Guarda Revolucionária do país, o general Qassen Suleimani. Na esfera geopolítica, a agressão americana já provocou reações – o Irã já fala em “vingança”. No campo econômico, o mercado também já sente os efeitos: o preço do barril Brent acumulava alta de 4% (US$ 68,99) e o WTI de 3,87% (US$ 63,55) no momento de publicação desta reportagem. Aqui no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o ataque irá impactar no preço dos combustíveis.

“Que vai impactar, vai. Agora, vamos ver nosso limite aqui. Porque, se subir, já está alto o combustível, se subir muito complica”, afirmou Bolsonaro a jornalistas, após sair do Palácio da Alvorada. Bolsonaro também disse que a política de tabelamento de preços está descartada, porque já foi feita no passado e, nas palavras do presidente, não deu certo. Questionado se existiam outras alternativas para tentar controlar uma possível alta nos preços, o presidente respondeu: “Vou conversar com quem entende. O Brasil está dando certo porque eu não meto o bedelho em tudo. Busco informações”.

Qassem Soleimani

O ataque contra o general Suleimani aconteceu no aeroporto de Bagdá. Ele era considerado o cérebro responsável pela estratégia militar iraniana. Os Estados Unidos confirmaram a autoria do bombardeio, feito com o uso de drone. Além do general, o ataque matou também Abu Mahdi al-Muhandis, chefe de milícia iraquiana apoiada pelos iranianos, e outras seis pessoas.

A Guarda Revolucionária é uma força paramilitar ligada ao líder supremo do Irã, Ali Khamenei, que já se manifestou a respeito do ataque americano: “Todos os inimigos devem saber que a jihad de resistência continuará com uma motivação dobrada, e uma vitória definitiva aguarda os combatentes na guerra santa”, declarou em comunicado divulgado pela TV.