BOLSONARO DIZ QUE AUMENTO DE 39% NO GÁS NATURAL É INADMISSÍVEL E FALA EM MUDANÇA NA POLÍTICA DE PREÇOS DA PETROBRÁS
O presidente demitido da Petrobrás, Roberto Castello Branco, teve de ouvir mais um chega pra lá do presidente Jair Bolsonaro. Agarrado à cadeira do comando da estatal a qualquer custo, o já despedido presidente da estatal anunciou um salgado aumento de 39% no preço do gás natural no início da semana. Mais uma maldade contra o bolso do brasileiro, que já anda sofrendo com os sucessivos reajustes do diesel e da gasolina. A alta no gás natural foi classificada como “inadmissível” por Bolsonaro, que voltou a criticar a forma como a Petrobrás vem reajustando seus derivados. Ele também chegou a mencionar uma possível mudança na política de preços da empresa.
“É inadmissível anunciar, o velho presidente ainda, um reajuste de 39% no gás. Inadmissível. Que contratos são esses? Que acordos foram esses? Foram feitos pensando no Brasil?”, questionou Bolsonaro. “Não vou interferir. A imprensa vai dizer o contrário. Mas podemos mudar esse política de preços lá [na Petrobrás]”, acrescentou. A fala aconteceu durante a cerimônia de posse do novo diretor-geral brasileiro de Itaipu, general João Francisco Ferreira. O presidente não chegou a detalhar como seria essa alteração na política de preços da companhia.
Em seguida, Bolsonaro lembrou que mandou um projeto de lei para a Câmara dos Deputados, em fevereiro deste ano, que trata da incidência única do ICMS sobre a gasolina, diesel e outros combustíveis. “O que nós queremos é transparência. Vocês têm que saber quanto o governo federal arrecada de imposto em cada combustível e quanto os governadores arrecadam nos mesmos combustíveis”, afirmou o presidente. Ele afirmou que o projeto deve entrar na pauta de votação da Câmara em um prazo de 15 a 20 dias.
“Não pode toda vez que diminui o preço do combustível, na bomba, no final, ele [o preço] não diminuir. Isso não pode acontecer. Tenho certeza que vocês [se dirigindo aos deputados presentes no evento] votarão essa proposta. Que se chegue a um acordo. Que não seja único para os combustíveis em todo o Brasil, mas que seja um valor fixado em cada estado e cada governador se responsabilize, junto com o presidente, no valor cobrado de imposto de cada item”, concluiu.
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