BOLSONARO É ELEITO O NOVO PRESIDENTE DO BRASIL E CHEGA AO PLANALTO COM IDEIAS LIBERAIS PARA O ÓLEO E GÁS
O Brasil começou a escrever um novo capítulo de sua história neste domingo (28). A maioria dos eleitores escolheu Jair Bolsonaro como o novo Presidente da República. Com 99,9% das urnas apuradas, o candidato do PSL conquistou 55,13% dos votos válidos, superando o rival Fernando Haddad (PT), com uma fatia de 44,87%. É a primeira vez desde 1994 que um segundo turno presidencial não é disputado por PT e PSDB. Bolsonaro conseguiu romper essa polarização e chegar ao Palácio do Planalto com apoio popular de grande parte dos brasileiros. Terá de enfrentar, contudo, a oposição daqueles que lhe acusam de diversas pechas. A eleição de 2018 ficará marcada na história como uma das mais intensas e que mais dividiu o Brasil. Caberá agora ao novo presidente a missão de superar não apenas a desconfiança dos seus opositores, mas também de fazer o país retomar o crescimento em ritmo mais acelerado. Estará também em suas mãos a tomada de importantes decisões no setor de óleo e gás neste momento de retomada pelo qual o segmento passa. Uma delas será sobre os rumos da presidência da Petrobrás. Durante a campanha, Bolsonaro chegou a sinalizar que, caso eleito, nomearia um militar para ocupar o posto.
O plano de governo de Bolsonaro para a indústria petrolífera está pautado, basicamente, em três pilares. O primeiro deles é o desenvolvimento da competitividade do mercado local, com redução gradual das exigências de conteúdo local. “A burocrática exigência de conteúdo local reduz a produtividade e a eficiência, além de ter gerado corrupção”, afirmou em seu plano. Seguindo o tom do liberalismo econômico, marca de sua campanha, a ideia do novo governo é que a indústria local crescerá naturalmente nas atividades onde possuir mais vantagens comparativas. De igual modo, o plano de Bolsonaro prevê que o setor naval será impelido, dessa forma, a fazer novos investimentos para aumentar sua competitividade.
Outro pilar da nova gestão é a participação da Petrobrás na formulação de preços, “que deverão seguir os mercados internacionais”, porém as flutuações de curto prazo “deverão ser suavizadas com mecanismos de hedge (proteção) apropriados”. A proposta também abrange a manutenção da posição que a estatal tem adotado nos últimos anos, saindo de mercados como refino e distribuição. “Na formulação do preço da energia, inclusive dos combustíveis, há uma forte influência dos tributos estaduais, que precisará ser rediscutido entre todos os entes federativos, com o objetivo de não sobrecarregar o consumidor brasileiro”, diz o plano de governo.
Por fim, o presidente eleito prometeu importantes mudanças para o mercado de gás, como o fim do monopólio da Petrobrás sobre toda a cadeia de produção do combustível. Para isso, a proposta é desverticalizar e desestatizar o setor, além de dar livre acesso aos gasodutos de transporte. Na área de energia elétrica, Bolsonaro promete um “choque liberal”. O objetivo é fazer do segmento um dos vetores de crescimento e desenvolvimento do país. Para a região Nordeste, em especial, a proposta é aproveitar o potencial eólico e solar na geração de energia e expandir a cadeia produtiva.
Idéias liberais não vão gerar emprego no Brasil. É isto que as grande produtoras de petróleo quer. Fazer FPSOs na China , produzir o petróleo e exportar diretamente para o mercado consumidor externo sem trazer nada de produtivo para o pais. Vide o que ocorre na Nigéria e Angola. O único modo destas firmas gerarem empregos no Brasil é aumentar o conteúdo local ou aumentarem os royaties.