BOLSONARO RECEBE CRÍTICAS POR INDICAR AMIGO PARA GERÊNCIA DE INTELIGÊNCIA DA PETROBRÁS E PEDE DESCULPAS À MÍDIA POR NÃO NOMEAR INIMIGOS PARA O GOVERNO
Difícil entender a reação em bloco da grande mídia à indicação do presidente Jair Bolsonaro do nome Carlos Victor Guerra Nagem, seu amigo pessoal, para assumir da a gerência executiva de Inteligência e Segurança Corporativa da Petrobrás. A desconfiança colocada por alguns jornalistas é apenas de que ele amigo de Bolsonaro. Não o acusam de nada. Ora, se ele ganhou uma eleição com bandeiras encampadas pela população, suas escolhas pessoais para ajuda-lo a governar seriam óbvias. Escolheu o Capitão Nagem para assumir um cargo que ele considera de confiança. E é. Afinal, internamente, é quem controla o que acontece na empresa. Qual seria o o real problema ? No início da tarde desta sexta-feira(11) o Presidente postou em seu Twitter: ” Peço Desculpas à grande parte da imprensa por não estar indicando inimigos para postos eu meu governo.”
Nagem é funcionário da companhia há cerca de 11 anos e tem o currículo adequado para a vaga. Atualmente trabalha na cidade de Curitiba, mas ainda não havia ocupado cargo comissionado na estatal. A informação, revelada pelo site O Antagonista, não aponta qualquer irregularidade. As gerências executivas, estão logo abaixo da função de diretor da empresa, e trabalham com muita responsabilidade. Estranhar a indicação de um capitão das forças armadas para um cargo de inteligência e não estranhar a indicação de um diretor financeiro para a diretoria de exploração e produção de petróleo, como foi feito ontem pelo Conselho de Administração da empresa, isso sim, é esquisito.
O Presidente Bolsonaro defendeu a indicação, postando imagem de nota da Petrobrás com o currículo de Nagem em uma rede social. Em um vídeo, Bolsonaro disse que “É um homem, um cidadão que conheço há quase 30 anos. Um homem de respeito, que vai estar à disposição de vocês na Câmara lutando pelos valores familiares. E quem sabe no futuro, tendo mais uma opção para nos acompanhar até Brasília“. É como se dissesse: Se gostar é desse jeito. Se não gostar, é do mesmo jeito.
O presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco, negou que a indicação tenha motivação politica. Ele defendeu a experiência de Nagem na área, dizendo que o indicado trabalha há seis anos na área de segurança empresarial da Petrobrás. Ele não deve satisfação de suas escolhas, mas disse que “Escolhi a melhor pessoa que entrevistei.” Nagem é graduado em Administração pela Escola Naval, possui mestrado pela Coppead, da UFRJ, e dez anos de docência no ensino superior
Papo furado. A indicação infelizmente foi política e ponto final assim como não tem sentido um diretor financeiro para a diretoria de exploração. É uma bagunça.
Talvez se o egrégio novo presidente da Petrobrás tivesse a boa vontade de entrevistar mais pessoas capacitadas chegaria a óbvia conclusão de que se esse “candidato” até o presente não foi alçado ao cargo, é um claro sinal que não tem capacidade para tanto. Agora engula o encosto que o presidente nomeou.
É a velha história, do velho da criança e do burro…..
A qualidade da democracia de um país está diretamente relacionada ao grau de maturidade e inteligência dos cidadãos, pelo menos da maior parte. É muita ingenuidade achar, conforme os eleitores do Bolsonaro ainda acreditam, que as indicações para os cargos comissionados e de função de confiança neste governo não serão feitas com base em critérios políticos, ideológicos, religiosos ou pessoais.
De acordo com os procedimentos da Petrobras, o empregado deveria ter assumido uma função gerencial antes de ser nomeado gerente executivo. Pra quem não sabe esta função está logo abaixo de diretor. E mais. Será que não há nenhum outro empregado capacitado que não seja amigo pessoal. A matéria é claramente tendenciosa.