OS BONS RESULTADOS DA TENENGE NO ANO PASSADO FORMAM A BASE DE BOAS PERSPECTIVAS PARA NOVOS NEGÓCIOS EM 2022
Para fechar a semana, já próximo do encerramento do Projeto Perspectivas 2022, convidamos o Diretor Geral da Tenenge, Marcelo Hofke, que vai mostrar o caminho certo para uma empresa de engenharia voltar de um mergulho em apneia, provocado por uma economia que experimentou marés violentas desde 2014. A empresa se reestruturou e hoje voltou a possuir um lugar de destaque especial na engenharia brasileira e internacional. Apesar de todos os percalços provocados pela pandemia, cruzou a estrada de 2021 com poucos solavancos. Uma empresa que traz uma política alinhada com as novas exigências de comportamento ético, voltado para o meio ambiente. Hofke lembra que “O Brasil tem uma grande oportunidade de sair na frente com políticas públicas que incentivem as empresas a se engajarem na agenda de carbono neutro”. O executivo acrescentou que “Isso, sem dúvida, poderá ser um enorme fator competitivo para os produtos brasileiros nos próximos anos”.
Para 2022, as perspectivas da companhia são consideradas muito boas. Tanto no setor de gás, petróleo, quanto no segmento de energia: “A perspectiva de venda da Eletrobras também é um grande marco que pode destravar a agenda nuclear no Brasil. A energia nuclear evoluiu muito e não será surpresa se o MME trouxer um modelo renovado e em linha com as novas tendências mundiais em termos de geração de energia por fonte nuclear.” Vamos então conhecer as abordagens de uma nova tradicional Tenenge e a visão futurista de seu diretor:
Como foi o ano de 2021 para o senhor e a sua empresa?
Após um 2020 em que a pandemia por covid-19 dominou a paralisação de muitas atividades, 2021 iniciou com a vacinação massiva e, junto a isso, muitos investimentos ligados às cadeias de petróleo, gás, química e petroquímica destravaram no Brasil, trazendo avanços significativos e animadores para o setor de Engenharia Industrial. Conquistamos um relevante contrato EPC no Brasil, o Terminal Gás Sul, na Baía de Babitonga (foto à direita), em Santa Catarina, para o Cliente New Fortress Energy, que hoje já está posicionado como importante player de energia no país. Trata-se de um investimento de R$ 383 milhões que terá capacidade para regaseificar 15 milhões de metros cúbicos de GNL por dia e que será conectado ao Gasoduto Bolívia-Brasil.
Ainda na área de Energia, avançamos significativamente para a conclusão do fechamento do Ciclo Combinado da Termelétrica de Santa Cruz. É uma obra emblemática para Furnas, sendo sua única Termelétrica em operação e que vai agregar aproximadamente 165 MW de energia firme para os cariocas. Outro importante marco foi que solidificamos a nossa atuação na área de Manutenções Industriais, e Paradas Industriais. Hoje temos nossas equipes especializadas distribuídas e em carga nos Polos Industriais das áreas de Refino, Química e Petroquímica nos estados de Alagoas, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul.
No exterior, conquistamos participação num contrato de US$ 499 milhões para a construção do Terminal Oceânico de Barra do Dande (foto à esquerda), em Angola, um trabalho que contemplará a conclusão do Parque de Armazenamento de Produtos Refinados e a construção de uma doca de atracação de navios, infraestruturas consideradas indispensáveis para a ampliação da capacidade de importação, exportação e armazenamento de derivados de petróleo do país. A Tenenge é a Gerenciadora da parte de Engenharia & Procura além de ser responsável pelo desenvolvimento das metodologias construtivas que serão empregadas pela OEC Angola, contratada pelo Cliente Sonangol para o EPC.
Mas não foi somente em backlog que a Tenenge cresceu. Fechamos parcerias importantes com empresas internacionais de engenharia e hoje podemos oferecer serviços especializados end-to-end para Captura de Carbono, Reciclagem Química, Hidrogênio e Amônia Verde dentro de uma agenda mundial de transição energética que sabemos que não vai retroceder. Esse assunto de uma indústria ser carbono neutro não é “modinha”. Será mandatório em breve e a indústria que não estiver se movimentando nesse sentido vai começar a ter dificuldades com financiamentos e com a própria sociedade, que está clamando por ações nesse sentido. Nesse momento estamos à frente das demais empresas, pois não estaremos oferecendo somente uma solução de engenharia ou de montagem de algum equipamento, estamos oferecendo uma solução integrada onde percorremos junto com o Cliente todo o processo do diagnóstico, da engenharia indo até a implantação e operação assistida para o take over do Cliente. De fato, 2021 foi um ano em que a Tenenge conseguiu reforçar suas bases para um crescimento contínuo nos próximos anos.
O que sugere para o governo fazer e melhorar a nossa economia e dar mais força aos setores de petróleo, gás, energia e logística?
Importantes agendas setoriais vêm sendo destravadas pelo governo. A nova Lei do Gás, por exemplo, sancionada pelo presidente, vai ampliar significativamente os investimentos no setor e fomentar a competitividade no mercado ao acabar com o monopólio estatal da Petrobrás e estimular a entrada de diversos agentes, nacionais e internacionais. A expectativa do governo é que o novo marco triplique a produção de gás natural até 2030, gerando investimentos entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões, quatro milhões de empregos em cinco anos, além de acrescentar 0,5% de crescimento ao PIB nos próximos 10 anos. Mas entendo que o Brasil tem uma grande oportunidade de sair na frente com políticas públicas que incentivem as empresas a se engajarem na agenda de carbono neutro. Isso, sem dúvida, poderá ser um enorme fator competitivo para os produtos brasileiros nos próximos anos, além de ser mais um setor que poderá gerar empregos especializados, contribuindo enormemente para o crescimento qualificado do Brasil.
– Quais são as suas perspectivas e de sua empresa para 2022?
As perspectivas para 2022 são de muito trabalho. Para o setor de energia ligado ao gás, está claro que os investidores privados enxergam o Brasil como um campo aberto para o desenvolvimento de projetos estruturantes e há aqui, de fato, muitas oportunidades. Temos um terço da malha de dutos de Gás que a Argentina tem e um décimo da norte-americana. Temos que aproveitar toda a oferta de gás existente no país e fazer com que este insumo, mais competitivo, possa chegar a mais lugares para suprir a demanda de indústrias e consumidores finais e ajudar na diminuição do chamado custo-Brasil. A crise hídrica ainda está longe de acabar e a pressão por mais leilões de capacidade é um fato. As oportunidades para novas usinas termelétricas vão continuar existindo.
A perspectiva de venda da Eletrobrás também é um grande marco que pode destravar a agenda nuclear no Brasil. A energia nuclear evoluiu muito e não será surpresa se o MME trouxer um modelo renovado e em linha com as novas tendências mundiais em termos de geração de energia por fonte nuclear. Temos muita experiência instalada nesta área e tenho certeza de que vão aparecer boas oportunidades no setor. Temos ainda esperança de que outras refinarias da Petrobrás possam ser adquiridas por entes privados, o que abriria novas e grandes oportunidades na área de refino. Enfim, esperamos ver um mercado cada vez mais maduro e aquecido, tornando o Brasil novamente um celeiro de bons e rentáveis projetos para o bem do nosso desenvolvimento.
Tengo el orgullo de conocer al ingeniero Marcelo un gran profesional y un líder responsable..
Parabéns dr Marcelo. Sucesso e vida longa a tenege, e ao sr também vamos que vamos.
Parabéns Marcelo. Sucesso.