BP CRIA JOINT VENTURE COM A BUNGE PARA AMPLIAR NEGÓCIOS EM BIOENERGIA
A semana começou com o anúncio de um expressivo e novo acordo mirando o setor brasileiro de bioenergia. A BP e a Bunge vão unir forças e criar uma joint venture com foco em biocombustível e bioeletricidade de baixo carbono. Pela parceria, as companhias vão fundir seus negócios voltados ao segmento para criar uma empresa de etanol a partir da cana-de-açúcar em escala mundial, que se chamará BP Bunge Bioenergia. Ficou acertado que o grupo britânico pagará à Bunge US$ 75 milhões, sujeito a condições habituais de fechamento. A joint venture assumirá ainda US$ 700 milhões de dívidas provindas dos ativos da Bunge.
“Este é mais um grande exemplo do compromisso da BP em desempenhar um papel de liderança em uma transição rápida para um futuro de baixo carbono” comemorou o CEO da empresa, Bob Dudley. “Os biocombustíveis serão parte fundamental nessa transição energética e o o Brasil já está assumindo a liderança ao demonstrar como eles podem ser usados em larga escala para reduzir as emissões no setor de transportes”, acrescentou.
A BP Bunge Bioenergia nasce com 11 unidades de biocombustíveis no Brasil e capacidade de moagem combinada de 32 milhões de toneladas por ano. A empresa será capaz também de gerar eletricidade renovável a partir de bagaço de cana-de-açúcar, por meio de suas unidades de cogeração. A energia será usada para sustentar todas as suas unidades e o excedente será vendido à rede elétrica brasileira. A projeção é que a nova joint vetunre será o segundo maior player da indústria de etanol de cana-de-açúcar no Brasil em capacidade de moagem. A conclusão da fusão deve ocorrer no quatro trimestre do ano.
Na visão da BP, o etanol produzido a partir da cana-de-açúcar é um dos biocombustíveis mais eficientes em termos de emissões de carbono. O produto emite cerca de 70% a menos de gases de efeito estufa em seu ciclo de vida em relação aos combustíveis de transporte convencionais à base de hidrocarbonetos.
O executivo Mario Lindenhayn, da BP, será presidente do Conselho de Administração da empresa. O cargo de CEO ficará com Geovane Consul, da Bunge, enquanto Marcus Schlosser, da BP, será o diretor financeiro. BP e Bunge terão igual representação no conselho de administração.
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