BP JÁ SEPAROU US$ 42 BI PARA PAGAR CONTAS DO ACIDENTE NO GOLFO, MAS VALOR PODE CHEGAR A US$ 90 BI
Depois do acidente com a plataforma de petróleo Deepwater Horizon, no Golfo do México, em 2010, onde 11 pessoas morreram, a British Petroleum sabia das severas consequências que estavam a aguardando. Para resolver as pendências que têm surgido desde então, a petroleira já separou US$ 42 bilhões, sendo que US$ 36 bilhões desse total já foram pagos ou tiveram o pagamento agendado. No entanto, apesar do enorme caixa voltado para sanar as dívidas, se todas as reclamações e multas anunciadas se efetivarem, o valor a ser pago pela companhia britânica pode chegar a US$ 90 bilhões.
A empresa viu seu lucro cair de maneira arrasadora: 72% de queda no 4° trimestre do ano passado. Além das despesas com as famílias das vítimas do acidente, a BP teve de separar quantias exorbitantes para o pagamento de uma multa exigida pelo governo dos EUA. Cerca de US$ 17,5 bilhões já foram pagos para compensar as pequenas empresas afetadas, e mais US$ 4 bilhões para resolver acusações criminais com o Departamento Jurídico Norte Americano. Além disso, separou US$ 3,5 bilhões para multas relativas ao America’s Clean Water Act (Ato por Águas Limpas da América, em livre tradução).
Pode ser que haja algum alívio nesse peso gigantesco que está caindo no colo da empresa, já que seus diretores planejam contestar as reivindicações legais equivalentes aos valores gastos até aqui. Um julgamento civil marcado para o próximo dia 25 de fevereiro, em Nova Orleans (EUA), vai decidir se a BP realmente leva a culpa sozinha, além de aplicar mais sanções financeiras (à BP ou a quem mais for julgado culpado).
Mesmo assim, para piorar ainda mais a situação da petrolífera, o governo dos EUA está exigindo US$ 21 bilhões em compensação para o óleo derramado. Já foi acertado que, para obter este valor, deverá ficar provado que a BP foi extremamente negligente. E, como se tudo isto não bastasse, nos resultados anuais da BP, lançados no último dia 5 de fevereiro, havia informações alarmantes sobre novas alegações contra a empresa. Alabama, Flórida, Louisiana e Mississippi estão a exigindo juntas US$ 34 bilhões por perdas econômicas e danos à propriedade.
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