BP PREVÊ BRASIL COMO MAIOR POTÊNCIA EM BIOCOMBUSTÍVEIS ATÉ 2030
A BP lançou na semana passada seu relatório de previsão do cenário energético para as próximas décadas, destacando o Brasil como o principal país na geração de biocombustíveis até o ano de 2030. De acordo com o “BP Energy Outlook 2030”, o Brasil hoje é o país com maior representação de biocombustíveis na carteira mundial, contando com 21% do total, e deve passar a responder por 39% desse montante até o final da próxima década. Já os Estados Unidos devem aumentar sua participação de 4% para 15% no mesmo período.
O relatório afirma que em 2030 cerca de 7% dos combustíveis consumidos no mundo serão provenientes de fontes renováveis, sendo que o Brasil e os EUA serão os responsáveis por mais da metade da nova produção, estimada em 3,5 milhões de barris por dia a mais do que atualmente.
Apesar dos números apontando o crescimento da participação da energia renovável em todo o mundo, a maior parte da energia gerada no planeta ainda será produzida a partir de combustíveis fósseis, como, óleo, carvão e gás natural. A representação total de energias renováveis no mundo deve passar de 0,4% hoje, para 6,3% em 2030, enquanto gás natural, óleo e carvão vão representar 80,8% da energia total no mundo.
“Esse relatório mostra que os combustíveis fósseis vão continuar tendo uma participação muito forte na carteira energética mundial, mesmo com o rápido e contínuo crescimento das energias renováveis. Apesar de indicar implicações inevitáveis para o aumento de emissões de carbono, o documento também destaca as oportunidades para que seja melhorada a eficiência energética do planeta, diminuindo as emissões a partir da utilização de combustíveis menos carregados de carbono, como o gás natural”, afirmou o CEO da British Petroleum, Bob Dudley.
A participação do óleo é a única que apresenta uma redução significativa na participação, passando de 38,9% a 27,2%, enquanto gás natural passará de 21,8% a 25,9% e carvão subirá de 27,3% para 27,7%. As energias nuclear e hidrelétrica devem aumentar sua representatividade em menos de 2%, a nuclear passando de 5,6% a 6% e a hidrelétrica de 6% a 6,8%
Em relação ao pré-sal, o documento prevê que até 2030 sejam adicionados mais 2 milhões de barris por dia ao portfólio produtivo mundial.
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