BRASIL DÁ DE OMBROS PARA AS SANÇÕES ECONÔMICAS AMERICANAS E SE APRESSA PARA RESTAURAR HIDRELÉTRICA E COMPRAR ENERGIA DA VENEZUELA
Mesmo se não conseguir consertar a hidrelétrica de Guri para vender energia à Roraima, a Venezuela não poderá reclamar do esforço do Brasil para resolver o problema deles. O governo realmente está fazendo um esforço surpreendente desburocratizado para comprar logo a energia da sucateada hidrelétrica venezuelana de Guri. Dois dias depois da visita do ministro Alexandre Silveira à Caracas, ele já se encontrou com o Presidente do BNDES, Aloízio Mercadante, para financiar os reparos necessários para que Guri volte a fornecer energia a pleno, capaz de atender à Venezuela, e vender o excedente para Roraima. Hoje (26), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) comunicou que apresentou ontem mesmo, em reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), as recomendações para viabilizar a importação de energia elétrica da Venezuela para o Brasil. A coisa está tão corrida, a toque de caixa, que não se sabe realmente das condições das instalações venezuelanas. Luiz Carlos Chiochio, diretor-geral do ONS, está experimentando na pele o que significa uma pressão política do governo federal para resolver uma questão para um país vizinho, mesmo passando por cima das sanções norte-americanas contra a Venezuela. O Brasil está fingindo que não sabe que a energia elétrica não está liberada. Apenas, por seis meses, a Venezuela foi autorizada a comercializar petróleo e ouro. Mesmo assim está dando de ombros para as pressões do senado americano contra o presidente Joe Biden envolvendo as ações do Brasil, desde que recebeu uma frota de navios de guerra iranianos no Porto do Rio de Janeiro.
Veja o que diz parte do comunicado: “Para concluir as avaliações, o ONS apontou que precisa receber informações detalhadas e atualizadas sobre o Sistema Elétrico Venezuelano para garantir a segurança da operação interligada entre os dois países à medida em que se aumentem os fluxos na interligação. As análises apresentadas pelo Operador consideraram dados utilizados na última vez em que Roraima operou interligado à Venezuela.”
Para o CMSE, o ONS indicou as vantagens e os pontos de atenção dos dois critérios de confiabilidade estudados para o retorno da operação interligada ao sistema elétrico venezuelano, em caso de perda da interligação: a operação em N-1, sem corte de carga em Roraima, ou a operação com corte de carga controlado. Outro aspecto destacado para garantir a segurança operativa no intercâmbio de energia foi a necessidade de que a interligação opere de forma contínua, requerendo que o montante ofertado seja plenamente flexível. Ou seja, o montante a ser importado poderá variar conforme a demanda, podendo ser próximo a zero, nos momentos de menor carga no sistema de Roraima. Uma outra medida apontada pelo ONS como imprescindível para a operação interligada é a instalação de Sistema Especial de Proteção (SEP) de abertura da interligação em situações de ocorrências no sistema venezuelano, de modo a evitar que perturbações no sistema elétrico do país vizinho se propaguem para Roraima, e vice-versa.
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