AIE PROJETA MAIOR PARTICIPAÇÃO DO BRASIL NO CRESCIMENTO DA OFERTA DE PETRÓLEO NOS PRÓXIMOS CINCO ANOS | Petronotícias




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AIE PROJETA MAIOR PARTICIPAÇÃO DO BRASIL NO CRESCIMENTO DA OFERTA DE PETRÓLEO NOS PRÓXIMOS CINCO ANOS

PlataformaPetroleo02Com uma produção que deverá passar a barreira de 3 milhões de barris/dia em 2019, o Brasil será a segunda maior fonte de crescimento da oferta de petróleo nos próximos cinco anos, após a América do Norte. Segundo relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), no entanto, o controle de preço da gasolina fez com que a Petrobrás se tornasse a companhia de petróleo mais endividada do mundo, com dívida superior a USS 110 bilhões.

Segundo o relatório,  enquanto companhias como Statoil e Chevron projetam investir até US$ 14 bilhões por ano no Brasil nos próximos cinco anos, a Petrobrás terá que cortar investimentos. “Isso tem causado hemorragia de dinheiro, com importações de produtos de petróleo a preços internacionais e vendas desses produtos a custo menor”, diz o relatório.

O relatório apresenta outras perspectivas positivas para a indústria brasileira de óleo e gás, avaliando que a exploração no pré-sal cresce em ritmo saudável e que a atividade tem sido um sucesso. A projeção da AIE para a produção brasileira para 2014 é uma ligeira alta, ante de dois anos de declínio. Para o período 2013-2019, o aumento médio anual é estimado em 160 mil barris/dia, à medida que entram em operação grandes projetos nas bacias de Santos e de Campos, totalizando aumento de 47% no acumulado.

Segundo a AIE, mudanças nas estruturas de contratos de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo também afetaram a capacidade no país. “Companhias estrangeiras estão menos dispostas a investir no Brasil do que estavam antes, uma vez que o país parece oferecer termos menos atrativos”, observou o relatório. A agência estima que, para várias companhias estrangeiras, é insatisfatório fazer enormes investimentos enquanto dependem da Petrobrás como operadora.

A agência destaca ainda que o governo continua “pesadamente envolvido” nas atividades de exploração de petróleo, com rígidas exigências de conteúdo local, e tornando mais difícil fechar orçamentos e prazos de projetos.  Mesmo com a avaliação de que a indústria doméstica no Brasil é mais robusta e diversificada do que em vários outros grandes produtores de petróleo, as exigências de conteúdo local são vistas pela AIE como onerosas e complexas.

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