BRASIL E ARGENTINA ASSINAM MEMORANDO DE ENTENDIMENTO PARA PESQUISA E PRODUÇÃO DE RADIOISÓTOPOS | Petronotícias




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BRASIL E ARGENTINA ASSINAM MEMORANDO DE ENTENDIMENTO PARA PESQUISA E PRODUÇÃO DE RADIOISÓTOPOS

argentinaA Comissão Nacional de Energia Atômica da Argentina (CNEA) e a Comissão Nacional de Energia Nuclear do Brasil (CNEN) assinaram um memorando de entendimento que, segundo eles, fortalecerá a colaboração contínua na área de usos pacíficos da tecnologia nuclear relacionada aos novos reatores de pesquisa planejados. A presidente da CNEA, Adriana Serquis, disse que os dois países tinham  acordos existentes que viam o estabelecimento do “RA-10, nosso reator multiuso, e do RMB (Reator Multiuso Brasileiro) pelo Brasil como projetos semelhantes“, acrescentando que o novo MoU se baseia a cooperação já realizada em reatores de investigação, abrangendo a cooperação bilateral no domínio da medicina nuclear, os ensaios de irradiação de combustíveis e materiais e a investigação utilizando feixes de neutrões. O presidente da CNEN, Francisco Rondinelli, disse que as duas organizações têm  trabalhado para o desenvolvimento de aplicações nucleares para fins pacíficos e afirmou que “têm muito com que cooperar” no desenvolvimento do setor nos dois países. Ele observou que o memorando de entendimento inclui uma parceria com a Invap da Argentina para apoio de engenharia ao RMB e suas instalações laboratoriais.

Também estiveram presentes na assinatura, no Centro Atômico de Ezeiza, na Argentina, o Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Daniel Filmus, e a Ministra da Ciência, Tecnologia e Comunicação do Brasil, Luciana Barbosa de Olivera Santos, que afirmou: “A Argentina é reconhecida internacionalmente pela sua competência no desenvolvimento de projetos de plantas de produção de radioisótopos e queremos ter essa experiência na construção do nosso reator multipropósito brasileiro.”

Para lembrar,  o RA-10 é um reator para produção de radioisótopos para uso médico e industrial, bem como para pesquisa. O reator de pesquisa de piscina aberta de 30 MWt substituirá o reator RA-3, um reator tipo piscina de 10 MWt que iniciou suas operações em 1967. Produzirá silício dopado, matéria-prima para aplicações eletrônicas avançadas, e fontes de irídio industrial para a avaliação da integridade e qualidade das construções de grande porte. O reator está previsto para entrar em operação em 2025 e suprirá 20% da demanda mundial por molibdênio, um dos principais radioisótopos utilizados. O Brasil afirma que o RMB reduziria o custo dos radiofármacos e também a dependência de importações, com o objetivo de “expandir e democratizar a medicina nuclear” para a população brasileira. A Invap assinou o acordo em 2013 para construir os dois reatores de pesquisa – um em cada país – com o projeto de referência para ser o reator de pesquisa australiano de água leve Open Pool que a Invap forneceu à Organização Australiana de Ciência e Tecnologia Nuclear. Na época, estimou-se que, entre eles, os dois novos reatores forneceriam capacidade para suprir 40% da demanda mundial de isótopos.

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Eduardo Marques

Meus parabéns aos cientistas brasileiros e argentinos por está iniciativa. Em especial, minhas felicitações ao Presidente Francisco Rondinelli.

Paulo Roberto Chamelete
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Paulo Roberto Chamelete

Marcos Pontes ja havia iniciado o projeto da producao de radiofarmacos e a conclusao do antigo projeto do submarino c propulsao nuclear e knowhow de enriquecimento do combustivel nuclear cuja centrifuga ja em concepcao no Brasil
Porque a parceria c a Falida Argentina?
E o sbmarino porque trocara o Combustivel nuclear na Ilha da Madeira?