BRASIL E EUA ANUNCIAM NOVA PARCERIA ESTRATÉGICA NA ÁREA DE ENERGIA DURANTE O G20
Os presidentes Lula e Joe Biden se reuniram hoje (19) e anunciaram uma nova parceria para a transição energética. O objetivo é expandir a produção e o uso de fontes renováveis; desenvolver cadeias de suprimentos de tecnologias limpas – como hidrogênio limpo, baterias avançadas e minerais críticos; e promover a descarbonização industrial. O presidente Biden reiterou o compromisso dos EUA com a inclusão digital, anunciando o financiamento do desenvolvimento do país para apoiar a expansão da rede de fibra óptica do Brasil, expandindo o atendimento a mais 1 milhão de residências e 4 mil escolas até 2027.
O acordo divulgado hoje se soma a outras iniciativas anunciadas recentemente entre os dois países, como a assinatura de entendimento entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o U.S. International Development Finance Corporation (DFC) para cofinanciamento de projetos de investimentos e o aporte de cerca de US$ 150 milhões de fundo dos Estados Unidos, via Mineral Secutiry Partnership (MSP), para viabilizar projeto de terras raras no Brasil.
O Brasil e os Estados Unidos pretendem alinhar incentivos e mobilizar financiamento público, privado e de bancos multilaterais de desenvolvimento (MDB) a fim de gerar uma miríade de benefícios compartilhados, como a criação de empregos locais de energia limpa que capacitem comunidades e trabalhadores; integrar e expandir cadeias de suprimentos de energia limpa; promover o desenvolvimento tecnológico de energia limpa; e estimular novos investimentos, inclusive nas áreas de resiliência climática e combate ao desmatamento.
Veja a seguir os três pilares da nova parceria entre Brasil e EUA na área de energia:
1 – Produção e implantação de energia limpa: acelerar e expandir a produção e a implantação de energia limpa, particularmente para aproveitar os vastos recursos limpos e renováveis do Brasil e dos Estados Unidos, incluindo eólicos, solares, hidrelétricos e, potencialmente, outros recursos de biocapacidade. Isso aceleraria os esforços visando descarbonizar os setores de energia, transporte e industrial.
2 – Desenvolvimento da cadeia de suprimentos de tecnologia de energia limpa: aumentar a cooperação em inovação, capacitação da força de trabalho e desenvolvimento de projetos para tecnologias limpas, incluindo esforços a fim de fabricar componentes solares e eólicos, baterias de armazenamento de longa duração e veículos e componentes de emissão zero e baixa; produzir hidrogênio limpo; aumentar a produção, o processamento e a reciclagem de minerais essenciais; e ajustar tecnologias de gerenciamento de carbono.
3 – Industrialização verde: promover esforços com o objetivo de descarbonizar os setores de manufatura e industrial em grande escala para atrair investimentos de empresas globais, e impulsionar uma coordenação mais estreita entre parceiros do setor privado brasileiro e americano visando atingir emissões líquidas zero em suas cadeias de suprimentos, bem como posicionar nossas empresas para competir efetivamente em um mundo onde o comércio global será cada vez mais responsável por emissões incorporadas.
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