BRASIL OFFSHORE 2013 DEVE MOVIMENTAR R$ 450 MILHÕES | Petronotícias




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BRASIL OFFSHORE 2013 DEVE MOVIMENTAR R$ 450 MILHÕES

Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) – 

A Brasil Offshore completa 14 anos de existência na próxima semana, entre os dias 11 e 14, quando chega à 7ª edição, e espera um bom crescimento este ano, em que terá a entrada gratuita para membros do setor pela primeira vez. Com novidades como uma rodada de negócios tecnológica, a feira se reestruturou para ficar mais próxima da indústria e terá uma conferência com muitas apresentações de executivos e técnicos que hoje estão em plena atividade, com destaque para eficiência operacional em campos maduros, novas tecnologias submarinas, entre outros temas em evidência. O diretor da Brasil Offshore, Igor Tavares, contou que esperam de 55 mil a 60 mil visitantes nesta edição, com a perspectiva de movimentarem até R$ 450 milhões nos quatro dias. Outra novidade é que o concurso de trabalhos técnicos para estudantes (Student Paper Contest) vai selecionar de 10 a 15 jovens para enviar à próxima edição da OTC de Houston, onde poderão apresentar suas ideias à indústria offshore de todo o mundo. Tavares conta ainda que travaram longos diálogos e parcerias com a prefeitura de Macaé para melhorar a logística que envolve a feira, cuja última edição recebeu reclamações por problemas viários e hoteleiros.

Quais são as expectativas com a edição deste ano?

Vai ser a maior edição. Temos 720 expositores confirmados, num ano que não é o mais produtivo da indústria de petróleo no país. Dentre todos os eventos nacionais, acho que os únicos que continuam crescendo no período 2013/14 são a Rio Oil&Gas e a Brasil Offshore. Devemos chegar em 55 mil, 60 mil visitantes nesta edição.

Houve alguma mudança de perfil?

Pela primeira vez, com o apoio e patrocínio da Petrobrás, conseguimos deixar a conferência gratuita para quem for da indústria, o que deve mais que triplicar o número de credenciados para a conferência, onde serão as apresentações técnicas. Este ano, a conferência será sobre integridade, plataformas, subsea e reservatórios. É um assunto que está no topo da agenda de Macaé, pelos campos maduros, e pela primeira vez estamos chamando palestrantes de mercado. Antes tinham muitos técnicos, com programas ainda a desenvolver. 

Quais serão os destaques da rodada de negócios?

A rodada é feita pela Onip, em parceria com o Sebrae-RJ, de uma maneira que casa a demanda dos grandes contratadores com os fornecedores. Tem a Transpetro, a Cameron, a Petrobrás, a Schlumberger, entre outras, que são empresas-âncoras, e a Onip identificou as demandas de serviços de tecnologias dessas empresas, foi no cadastro nacional dela e fez o convite para as empresas que já têm essas tecnologias. Então ela realmente casa a demanda e a oferta, não é uma rodada fortuita, como se vê muitas vezes no mercado. Em 2011, a rodada gerou R$ 170 milhões. Para este ano a expectativa é de R$ 210 milhões.

Quanto o evento deve movimentar no total?

Já registrados que as empresas terão R$ 450 milhões para utilizar no evento, somando a rodada e o poder de compra dos interessados em fazer negócios durante a feira.

O que muda com a rodada tecnológica?

Antes fazíamos dois dias de rodada, e a Onip identificou que se fosse feita uma apresentação pelas empresas-âncoras com as demandas especificando e detalhando alguns itens, de tecnologias inclusive, facilitaria para os fornecedores se prepararem para a reunião no dia seguinte.  Agora será assim; no primeiro dia elas apresentam as demandas, e no segundo todos sentam para negociar.

Como funciona o Student Paper Contest?

Está sendo preparado pela SPE [Society of Petroleum Engineers], e vai envolver estudantes de Macaé, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e de São Paulo. Eles vão apresentar papers de tecnologia para óleo e gás, offshore, sobretudo em águas profundas, e os melhores vão ser levados para a OTC de Houston.

Quantos?

Serão entre 10 e 15 selecionados. É uma saída para estudantes que estão terminando a universidade com ideias geniosas. A atenção da indústria pode agregar muito e levá-los adiante. Temos um grande número de estudantes inscritos, que serão concentrados na sexta-feira, para não atrapalhar os negócios dos primeiros dias.

Na última edição houve reclamações sobre a falta de infraestrutura da cidade para receber um evento deste tamanho. A organização procurou a prefeitura para buscar soluções para isso?

Os dois maiores problemas são a estrutura viária e a hoteleira, que é muito cara, além de não atender na totalidade. Buscamos soluções para as duas coisas. Conversamos com a prefeitura, fizemos parceria para reformar o pavilhão, o estacionamento, para aumentar as vagas, que são mais de 2,5 mil agora. Também teremos um sistema de ônibus que passará pelas áreas industriais trazendo e levando os executivos, evitando os gargalos da região. Temos ainda um hotel oficial do evento. Fizemos um levantamento de todos os hotéis da cidade e colocamos todos no nosso site. Em geral, eles cobram R$ 6 mil para os quatro dias de feira, e conseguimos por R$ 4 mil pelos quatro dias com a parceria. Quem tiver interesse em ficar no hotel oficial, é só procurar a organização do evento.

Vocês têm alguma estimativa do impacto gerado pela feira na região de Macaé?

É difícil mensurar, mas só em contratação de mão de obra gera mais de 17 mil empregos diretos e indiretos. Só a montagem e desmontagem das tendas demanda 2,5 mil pessoas. O Pavilhão é apenas um quinto do evento.

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