BRASIL PODE AUMENTAR APOIO PARA ARGENTINA EXPLORAR SUAS JAZIDAS DE HIDROCARBONETOS
A Argentina vive momentos difíceis em sua política para o setor de hidrocarbonetos. A expropriação da YPF, empresa controlada pela Repsol, está inspirando profunda desconfiança nas grandes operadoras internacionais. Sozinha, ela não tem tecnologia moderna para explorar as suas jazidas. Fala-se que a descoberta de uma gigantesca área rica em petróleo e gás, seria a real fonte inspiradora da decisão do país voltar a ter o controle total da exploração e produção. Exatamente esta falta de tecnologia, foi o que motivou a vinda apressada ao Brasil do Ministro do Planejamento da Argentina, Julio de Vido, para dizer que “estão garantidas as concessões da Petrobrás na Argentina de modo geral”. Mas, no início do mês, a mesma Argentina cassou a concessão da Petrobrás na área de Veta Escondida, alegando baixos investimentos da estatal brasileira. O mesmo argumento usado contra a Repsol. Vido, que é também o interventor da YPF, disse que conversou com o governador de Neuquén, província onde está Veta Escondida, e que “as negociações estão muito bem encaminhadas”. Em 2008, a Petrobrás, que é operadora da jazida (detém 55% da concessão da área), renovou o contrato de concessão de Veta Escondida até 2027. No último triênio realizou investimentos de mais de US$ 10 milhões para buscar novas reservas de hidrocarbonetos. A empresa brasileira atua em 19 áreas de produção em terras argentinas, além de 14 áreas de exploração ( três delas marítimas). Com produção de 102 mil barris de petróleo e gás natural por dia no país, a Petrobrás prevê investimentos de US$ 1,8 bilhão na Argentina entre 2011 e 2015. Mas este número pode aumentar, já que os entendimentos iniciados pelos dois governos, prevê um apoio técnico sem precedentes à Argentina. Mas se isso terá garantias, ninguém sabe afirmar com convicção, depois do sabor provado pelos espanhóis.
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