BRASIL RECEBEU APOIO DA RÚSSIA AO SEU PROJETO DE SUBMARINO COM PROPOULSÃO NUCLEAR
Se depender do representante da Rússia nas organizações internacionais em Viena, Mikhail Ulianov, que está participando da reunião do Conselho de governadores na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o projeto do submarino nuclear brasileiro será avaliado positivamente. Ulianov ressaltou a intenção de o Brasil não usar seu material nuclear para armamentos, mas sim apenas em motores nucleares e na operação de submarinos e seus protótipos.
“É um debate muito encorajador no Conselho de Governadores da AIEA sobre a intenção de o Brasil utilizar seu material nuclear em motores nucleares e na operação de submarinos e seus protótipos. Há uma diferença fundamental entre o projeto brasileiro e o do AUKUS”, disse o representante russo.
A sessão do Conselho de Governadores da AIEA começou na segunda-feira (5) e se estenderá até 9 de junho. Entre outros tópicos discutidos, os participantes do evento estão considerando os projetos de submarinos nucleares de Brasil e Austrália. Como se sabe, a Marinha do Brasil está construindo neste momento o Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica (Labgene), no Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), em Iperó. A planta é um protótipo em terra dos sistemas que serão embarcados no futuro primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear.
No seu discurso de abertura na reunião de governadores da AIEA, o diretor-geral da agência, Rafael Grossi, comentou o assunto: “Como informei o Conselho anteriormente, o uso de material nuclear na propulsão nuclear naval está previsto na estrutura legal e requer arranjos sob os respectivos acordos de salvaguardas desses países e o desenvolvimento de abordagens apropriadas de salvaguardas da Agência. Portanto, a Secretaria iniciou consultas com os Estados envolvidos para considerar as possíveis implicações na aplicação das salvaguardas da Agência. Tais acordos devem estar em estrita conformidade com o quadro legal existente e, uma vez finalizados, serão transmitidos ao Conselho de Governadores para as devidas providências. Esse processo levará algum tempo e a Agência o fará com sua abordagem técnica, imparcial e objetiva”.
É a melhor tática buscar tecnologia Russa para o Submarino Nuclear brasileiro, tirando o atraso com um maior investimento imediato, para antecipar sua operação entre 2027 a 2029.
A Rússia apoiou o Brasil na decisão, não que vá fornecer tecnologia.. Por enquanto, o contrato é com os franceses…