BRASIL TEVE PRIMEIRO SALDO POSITIVO EM PETRÓLEO DA HISTÓRIA NA BALANÇA COMERCIAL DE 2016

Foi um ano muito duro para a indústria de petróleo, mas ao menos 2016 teve algum saldo positivo no segmento. Foi justamente na balança comercial, que apresentou o primeiro saldo positivo da história, de US$ 410 milhões, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

De fato, a produção brasileira de petróleo cresceu no ano passado, mas um fator importante para os resultados não é tão alentador, já que a demanda por derivados caiu bastante com a crise que devastou a economia nacional em 2016, o que ajudou os números, já que reduziu também a necessidade de importação de barris de petróleo.

Ainda assim, o governo comemorou o saldo positivo, ocorrido pela primeira vez desde 1997, quando foi iniciada a série histórica para esse tipo de produto. Em anos anteriores, o déficit anual na conta petróleo da balança comercial ficou em torno de US$ 5 bilhões.

“O Brasil se consolida como um importante exportador de petróleo no cenário mundial. Nosso país foi, ao longo de 2016, reconhecido por sua importância crescente como produtor e exportador de petróleo, tendo sido convidado a participar com papel de destaque em diversos fóruns internacionais do setor”, afirmou o secretário de Petróleo, Gás e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix (foto).

Considerando todo o comércio exterior do Brasil com o mundo no ano passado, as exportações somaram US$ 185,244 bilhões e as importações US$ 137,552, com superávit de US$ 47,692 bilhões, melhor resultado da história. O maior saldo comercial registrado anteriormente havia sido em 2006, quando alcançou US$ 46,5 bilhões.

De acordo com o governo, apesar de ter sido registrada queda no valor total das exportações em 3,5%, houve aumento das exportações de produtos industrializados e também das quantidades exportadas pelo Brasil, atingindo um patamar recorde.

Na mineração, as exportações de minério de ferro e seus concentrados em 2016 atingiram um volume recorde de 373,962 milhões de toneladas, alta de 1,7% em relação a 2015.