BRASIL VOLTA A LIDERAR PRODUÇÃO DE ENERGIA LIMPA NOS PAÍSES EMERGENTES E JÁ É O SEGUNDO DO RANKING GERAL
A Bloomberg New Energy Finance divulgou seu novo estudo sobre o desenvolvimento da energia limpa nos países emergentes. A divulgação foi realizada em um evento realizado em Shangai, na China. Veja os destaques desse trabalho: O Brasil retornou à primeira posição na América Latina e no Caribe, e ao segundo lugar no ranking geral, ficando apenas atrás da China. O retorno, segundo o estudo, é devido à consistência do país em seus investimentos em energia limpa, políticas públicas adequadas e aumento do poder de demanda, apesar dos três anos de crise econômica. O Brasil recebeu 125 bilhões de dólares de investimentos em plantas de energia limpa nos últimos 10 anos (2007-2016), o segundo maior investimento entre os 71 países do Climatescope, apenas atrás da China.
De 2007 a 2016, os países da América Latina e do Caribe receberam mais de 198 bilhões de dólares em investimentos em projetos de energia limpa. Entretanto, os investimentos na região caíram em 32%, de 23,2 bilhões de dólares em 2015 para 15,7 bilhões em 2016. Quatro dos 10 países com maior pontuação no Climatescope 2017 são da América Latina (Brasil, México, Chile e Uruguai). Três deles são da Ásia (China, Índia e Vietnã), dois da África (África do Sul e Quênia) e um do Oriente Médio (Jordânia). A América Latina atraiu o maior e mais estável fluxo de investimento proveniente investidores estrangeiros, atingindo 3 bilhões de dólares por ano desde 2010. A região se beneficiou do uso de licitações de energia limpa, o que oferece aos investidores maior certeza de retornos a longo prazo. O forte desempenho geral da América Latina no Climatescope 2017 ocultou variados níveis de atividade entre os países da região.
No Brasil, Chile, Honduras, Uruguai e Peru, o investimento em energia renovável diminuiu em 2016 em relação aos níveis de 2015. Por outro lado, recentemente, outros países começaram a se destacar, mais notavelmente o México como consequência de uma reforma energética que abriu o mercado para investidores estrangeiros e estabeleceu ambiciosas metas de energia limpa. Nos objetivos estabelecidos nas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês), a América Latina e o Caribe forma a única região do Climatescope que, em conjunto, poderia alcançar reduções absolutas de emissões se seus objetivos forem cumpridos. É também a região onde as energias renováveis têm o maior impacto potencial para que os países cumpram suas obrigações. Os países da América Latina e Caribe, em conjunto, podem alcançar seus objetivos incondicionais mitigando as emissões somente do setor elétrico.
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