BRASIL PARTICIPA DA EQUIPE DA AIEA QUE INSPECIONOU E APROVOU AS OPERAÇÕES DE UMA CENTRAL NUCLEAR NA RÚSSIA

A  equipe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) concluiu a missão de inspecionar as operações da usina nuclear russa de Novovoronezh e confirmou que a unidade demonstrou comprometimento em melhorar a segurança operacional. O objetivo das missões da Equipe de Revisão de Segurança Operacional (OSART) da AIEA é avaliar o desempenho de segurança em relação aos padrões de segurança  da agência,  destacar áreas de boas práticas e propor melhorias. A solicitação da inspeção foi feita pelo próprio governo russo. Os trabalhos começaram no dia 13 e só terminaram no dia 30 de janeiro. O Brasil participou desta missão ao lado de profissionais especialistas da Bielorrússia, China, Irã e África do Sul, bem como quatro membros da equipe da AIEA e um observador da Rússia. “A equipe da OSART observou que a equipe da usina é experiente e profissional e está comprometida em melhorar a segurança operacional e a confiabilidade da usina,” disse a AIEA.

 A equipe revisou as práticas operacionais nas unidades 4 e 6 da planta de Novovoronezh nas áreas de liderança e gestão para segurança, treinamento e qualificação, operações, manutenção, suporte técnico, proteção contra radiação, química e gestão de acidentes. Uma missão OSART foi concluída anteriormente para a unidade 5 em 2015. A usina de Novovoronezh está localizada na região de Voronezh, cerca de 600 quilômetros ao sul de Moscou. Ela é de propriedade da empresa nuclear estatal Rosatom e operada pela Novovoronezh NPP, uma subsidiária da Rosenergoatom Joint Stock Company. A usina consiste em sete unidades. As unidades 1, 2 e 3 estão permanentemente fechadas e em descomissionamento. As unidades 4, 5, 6 e 7 estão operando. Todas as unidades são reatores de água pressurizada (VVERs); as unidades 4 e 5 são VVER-440 e VVER-1000, respectivamente. As unidades 6 e 7 são ambas VVER-1200.

A Rosatom observou que a missão OSART foi única porque, “pela primeira vez, foi realizada em duas unidades de energia russas ao mesmo tempo – unidade 4 e unidade 6 com reatores de diferentes gerações de VVER – 440 e 1200.  A equipe identificou uma boa prática a ser compartilhada com a indústria nuclear globalmente: os principais operadores da sala de controle da usina têm acesso a um visor eletrônico para indicação em tempo real do risco de ignição de hidrogênio dentro do edifício de contenção no caso de um acidente grave. “Três das quatro unidades de energia da NPP Novovoronezh em operação já passaram com sucesso por uma revisão internacional por pares da AIEA. E planejamos que a unidade de energia 7 seja submetida a esse procedimento no futuro.”