BRASKEM PROPÕE À PETROBRÁS NOVO PARÂMETRO PARA CUSTO DA NAFTA
As negociações pela renovação do contrato de fornecimento de nafta pela Petrobrás para a Braskem seguem se desenrolando. A produtora de resinas termoplásticas pretende que o valor da nafta seja regulado conforme a cotação do petróleo. Isso porque, hoje em dia, o custo é calculado com base na referência ARA (Amsterdã, Roterdã e Antuérpia), uma das mais caras do mundo, obedecendo a um intervalo de 92,5% e 102%.
A proposta apresentada é que não haja mais uma referência fixa para o produto, mas um valor proporcional às oscilações do petróleo. Nesse modelo, quando o preço do petróleo se estabelecesse em torno de US$ 90, visto como valor que remunera satisfatoriamente a Petrobrás, a companhia incentivaria a indústria petroquímica com descontos. No outro sentido, um barril custando cerca de US$ 50, seria acompanhado do pagamento de um prêmio pela matéria-prima.
O contrato de fornecimento de nafta da Petrobrás com a Braskem venceu em fevereiro do ano passado e vem sendo prorrogado através de aditivos a cada seis meses. Os custos da importação se apresentam como um dos grandes problemas para a renovação. A Petrobrás não quer abrir mão de repassar esses valores, o que causaria um reajuste de 5% aos valores pagos atualmente.
A posição da Braskem é de que a indústria nacional não tem condições de absorver aumentos de custo com matéria-prima, principalmente com a queda de preço do barril causada pela exploração de gás de xisto nos Estados Unidos, que fez o preço do insumo despencar para a indústria do país.
A Braskem consome cerca de 10 milhões de toneladas de nafta anualmente e a Petrobrás é responsável pelo fornecimento de 70% desse volume. Caso a proposta da produtora de resinas seja aprovada, são previstos investimentos de R$ 7 bilhões no setor, ao longo dos próximos cinco anos.
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