CALORÃO EM PLENO OUTONO AJUDOU A ELEVAR CONSUMO DE ENERGIA NO BRASIL EM 8% NO MÊS DE MAIO | Petronotícias





CALORÃO EM PLENO OUTONO AJUDOU A ELEVAR CONSUMO DE ENERGIA NO BRASIL EM 8% NO MÊS DE MAIO

Torres e LinhasO calorão atípico registrado em pleno outono ajudou a elevar o consumo de energia no Brasil. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) divulgou hoje (1º) que o país consumiu 70.207 megawatts médios em maio, aumento de 8% em relação ao mesmo mês do ano passado. O mercado regulado, em que os consumidores menores compram sua energia das distribuidoras, é mais influenciado pelo clima. Devido ao calor registrado em quase todo o país, o consumo nesse segmento cresceu 12,3% em comparação ao ano anterior. No ambiente livre, onde o comprador pode escolher de quem adquirir seu fornecimento e negociar as condições do contrato, houve um aumento de 1,8% em relação ao mesmo período de 2023.

Olhando para o consumo de energia elétrica em 15 ramos de atividade, as maiores altas de maio, na comparação com o mesmo período do ano passado, foram observadas pela CCEE nos setores de Madeira, Papel e Celulose (7,4%), Saneamento (6,5%) e Bebidas (6%). Entre os que registraram maior declínio estão a indústria têxtil (-6,5%), químicos (-4,5%) e veículos (-2,1%).

Todos os estados apresentaram alta no consumo de eletricidade em maio, ainda de acordo com a CCEE. Neste período, comumente, o país registra avanço de frentes frias, mas a situação inversa, de ondas de calor e menos chuva, elevou o consumo de eletricidade em todas as regiões. Destaque para o Mato Grosso do Sul (13,3%), Paraná (10,7%), São Paulo (10,3%) e Amazonas (8,9%). Rondônia e Rio Grande do Sul tiveram queda no consumo em -2,6%. A situação no estado gaúcho é impactada diretamente pelas enchentes e a crise climática no começo de maio.

As hidrelétricas entregaram quase 50 mil megawatts médios para o Sistema Interligado Nacional (SIN), avanço de 2,2% no comparativo anual, contribuindo para manter o Brasil na vanguarda da produção de energia renovável. Os parques eólicos, segunda principal fonte do país, geraram 12,8 mil MW médios, montante 26% maior frente a igual período do ano passado. As fazendas solares também tiveram bom desempenho, com mais de 3,11 mil MW médios, avanço de 50%.

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