CÂMARA APROVA REPETRO E MANDA PARA O SENADO. ÍNDICES DE CONTEÚDO LOCAL PODEM SER ALTERADOS
Agora o Repetro vai depender do Senado. A Câmara dos Deputados concluiu, na madrugada desta quarta-feira ( 6), a votação da medida provisória (MP) que amplia o Repetro, regime especial de tributação que permite a isenção de alguns impostos para empresas de petróleo. O texto segue agora para análise do Senado, onde precisa ser aprovado até o dia 15 para não perder validade. Os deputados rejeitaram 12 “destaques”, pedidos de alteração no projeto. Os deputados querem que os índices de conteúdo local sejam aumentados. O texto principal foi aprovado na semana passada. Por ação da oposição, contrária à medida, a votação durou quase sete horas. O Repetro é um regime especial de tributação que concede suspensão de impostos federais para equipamentos usados em pesquisa e lavra de jazidas de petróleo e de gás natural. Criado em 1999, o programa foi prorrogado pelo governo por 20 anos, até 2040, em agosto. A prorrogação foi feita por meio de um decreto presidencial, mas a ampliação do benefício precisou ser encaminhada por medida provisória.
A medida é um dos principais pleitos do setor de petróleo e é considerada fundamental para atrair interessados para os leilões brasileiros e para que se confirme os investimentos prometidos nas últimas licitações. A prorrogação foi feita por medida provisória porque o governo decidiu alterar e aumentar a tributação da cadeia de produção de bens para a indústria de petróleo. Durante a discussão do Repetro, deputados da base aliada do governo federal fecharam um acordo para votar um projeto de lei que endurece as regras de conteúdo local aplicado nos campos de petróleo. Após mais de uma hora de conversas no plenário da Câmara, os parlamentares concordaram em votar um projeto, em regime de urgência, até a próxima semana, com a fixação de percentuais mínimos de produtos e serviços nacionais que devem estar nos empreendimentos.
Atualmente, o conteúdo local é exigido por lei, mas não são fixados percentuais. Esse números são definidos pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), órgão do governo federal, para cada leilão de petróleo. Para os próximos leilões, no ano que vem, os percentuais são: 25% para construção de poço; 40% para o Sistema de Coleta e Escoamento e 25% para a plataforma de petróleo. O projeto acordado passa a separar percentuais de conteúdo local exigido para serviços e equipamentos e coloca esse números na lei. Os novos percentuais foram apresentados aos deputados pelo presidente da Abimaq, José Velloso Dias. Segundo ele, os novos percentuais passarão a ser: 25% de serviços e 40% de equipamentos para a construção do poço; 40% de serviços e o mesmo valor para equipamentos Sistema de Coleta e Escoamento; e 25% de serviços e 40% de equipamentos usados nas plataformas de petróleo.
Os nossos excelentíssimos deputados nunca pensaram no pais. O mais importante são as fontes de financiamento de campanha provavelmente. A população brasileira não tem cultura para analisar o que está acontecendo no congresso. Eles não sabem que o congresso vota indiretamente desemprego em massa no pais.
[…] Fonte: Petronotícias […]