CAMINHONEIROS INSATISFEITOS COM AS NOVAS REGRAS DO FRETE AMEAÇAM GREVE
O governo Bolsonaro pode ter uma grande encrenca a frente se não agir rápido. Um dia depois da nova resolução sobre a política de pisos mínimos do frete rodoviário, publicada ontem (18), houve sérias críticas de alguns representantes dos caminhoneiros, que falam em paralisação, embora a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) considere os valores de mercado pagos por exportadores. Os caminhoneiros já circulam mensagens via Whatsapp falando em greve já na próxima segunda-feira (22). A nova resolução estabelece regras gerais, metodologia e coeficientes dos pisos mínimos referentes ao quilômetro rodado na realização do serviço de transporte rodoviário de cargas. Ela foi aprovada depois de estudo feito Esalq-Log em processo de consulta pública. As novas regras já valem a partir de amanhã (20).
A elaboração das novas regras teve participação de transportadores autônomos, empresas e cooperativas de transporte, contratantes de frete, embarcadores e diversos outros agentes da sociedade. A ANTT diz que recebeu cerca de 500 contribuições específicas, que foram analisadas individualmente pela agência. A nova resolução tem 11 categorias de carga (geral, geral perigosa, líquida a granel, líquida perigosa a granel, sólida a granel, sólida perigosa a granel, frigorificada, frigorificada perigosa, neogranel, conteinerizada e conteneirizada perigosa) e altera o formato da tabela de frete, que deixa de ser por faixas de distância e passa a ser calculada com aplicação de coeficiente de carga e descarga, coeficiente de deslocamento e quilometragem percorrida para o transporte contratado.
Os parâmetros de cálculo foram baseados em pesquisa de preços em nível nacional, para obtenção de indicadores de mercado, e aplicação de questionário, para obtenção de parâmetros da operação. Representantes dos caminhoneiros se dividiram. A Associação dos Caminhoneiros disse que ainda está avaliando a nova tabela e não vai se pronunciar por enquanto.
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