CAMPO DE GÁS GIGANTESCO DE ISRAEL PODE CRIAR GASODUTO PARA EUROPA E ABASTECER O GRANDE MERCADO ASIÁTICO
A venda de gás de Israel para a Europa depende em grande parte do progresso das negociações entre os israelenses e vários países europeus. Há muitas negociações para a instalação de um gasoduto para Chipre, Grécia e Itália. Durante sua recente visita à Bulgária, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu manteve reuniões com representantes de vários países dos Bálcãs com relação à compra de gás israelense. No entanto, neste momento, Israel também tem olhares para o leste, no vasto mercado da Ásia, os maiores importadores de energia do mundo. As economias em crescimento da Índia, China, Japão e Coréia precisam importar quantidades crescentes de gás natural e, por razões estratégicas, diversificar suas fontesm representa uma oportunidade para Israel penetrar nesses mercados.
O Ministério das Relações Exteriores há muito tempo reconhece tanto as oportunidades quanto os desafios criados pelas grandes descobertas de gás de Israel. Um enviado especial de energia, Ron Adam, trabalha em coordenação com o Ministério da Energia para formular uma diplomacia energética israelense e promover as exportações de gás, levando em conta aspectos estratégicos e diplomáticos, identificando mercados potenciais e localizando empresas globais interessadas em viajar até Israel e conhecer melhor as pontencialidades.
No fim de novembro, o ministro de Energia de Israel, Yuval Steinitz(foto), anunciou uma segunda rodada de licitações para blocos de exploração na zona econômica de Israel para exploração e produção de gás e petróleo. Até agora, os reservatórios descobriram cerca de 900 milhões de metros cúbicos de gás natural, com uma capacidade potencial estimada de outros 2 bilhões. Israel reconhece a importância crescente da Ásia no cenário mundial, e o fortalecimento dos laços entre Israel e Ásia deve ser expresso não apenas no aumento das exportações, estabelecendo zonas de livre comércio com os países asiáticos, operando voos diretos, atraindo investimentos e aumentando o turismo, mas também no campo da energia.
Os embaixadores de Israel na Ásia foram solicitados a contatar as autoridades relevantes nos países em que estão servindo, com o objetivo de localizar empresas internacionais capazes de realizar perfuração e produção em águas profundas, identificar potenciais mercados e clientes para o gás israelense, além de localização de empresas especializadas em liquefação de gás natural (GNL – Gás Natural Liquefeito).É provável que as megacorporações na Ásia se interessem pelo gás israelense e sejam encorajadas a ir a Israel para explorá-lo e produzi-lo. Em abril de 2018, Israel concedeu uma licença de exploração e produção a um consórcio de empresas indianas para operar em um dos blocos inaugurados na primeira rodada de licitações. Empresas de gás de outros países já manifestam interesse nos blocos que abriram no segundo turno.
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