CAMPO DE SURURU TEVE A MAIOR COLUNA DE ÓLEO CONSTADADA NO PRÉ-SAL DA BACIA DE SANTOS
A Petrobrás conseguiu um importante feito no pré-sal. A diretora de exploração e produção da companhia, Solange Guedes, detalhou nesta sexta-feira (3), durante a apresentação dos resultados da estatal no segundo trimestre, que a Petrobrás concluiu o poço com a maior coluna de óleo já constatada no pré-sal da bacia de Campos, no campo de Sururu.
A coluna de óleo encontrada foi de 530 metros, o que foi considerado por Guedes como um resultado “bastante interessante”, uma vez que a média dos 5 poços no Pré-sal com maior coluna de óleo é de 436 metros. O poço onde foi feita a descoberta foi concluído no dia 13 de julho.
O campo de Sururu é operado por um consórcio formado pela Petrobrás (42,5%), Shell (25%), Total (22,5%) e Galp (10%). Vale lembrar que Sururu compõe a área de Iara, que contém ainda os campos de Berbigão e Oeste de Atapu, no bloco BM-S-11A. A Petrobrás, como se sabe, vendeu 22,5% de seus direitos em Iara para a Total.
Mais uma prova do que anunciamos reiteradamente sobre a deletéria venda total ou parcial dos ativos do pré-sal. A imensa coluna de óleo da acumulação de Sururu, no complexo de Iara, corrobora o dito. Como a sísmica mitiga e muito os riscos exploratórios e, principalmente, os delimitatórios, tais fatores deveriam ser mui considerados, pela ANP, nos valores das futuras vendas dos blocos exploratórios nos leilões já anunciados, principalmente nas partilhas, como também dos recursos prospectivos fora do polígono do pré-sal, onde a presença dos reservatórios é praticamente assegurada e a área é mui fraturada, permitindo que o óleo gerado distante… Read more »
Xará, uma dúvida que já foi colocada por você em posts anteriores. O sistema de rochas geradoras também não se estenderia além do polígono do pré-sal ou se limitaria ao sistema de fraturas responsáveis pelo trasporte dos hidrocarbonetos provenientes das rochas geradoras até os reservatórios localizados nessa faixa? A geologia estrutural e estratigráfica (camada de sal, rochas geradoras e reservatório, sistema de falhas) observada no polígono nas Bacias de Campos e principalmente na de Santos não iria além? Soube que a CGG fez a aquisição e processou dados sísmicos em alguns blocos localizados nas bordas do polígono, incluindo o de… Read more »
Já quanto a existência na costa africana, até onde pesquisei, a assimetria melhor da separação, a da parte de propagação abortada, ficou no América do Sul. Também isso precisa ser melhor investigado.
Para não cansar os demais, caro Xará, poderemos continuar conversando no particular, pois entramos na área muito técnica, apesar de as vezes eu abusar, por ser prolixo e tentar explicar as razões das minhas argumentações. Acho que você tem meu e-mail.
seaward. O corretor é matador.
Quando interpretei a área, em 2D, os supostos riftes poderiam ser seaward deep reflections, havendo muitas dúvidas sobre isto. Infelizmente, não tenho acesso a nova sísmica, que soube de excelente qualidade, e não sei se é possível diferenciar os atributos típicos dos geradores, fora da área do polígono, mais esmaecidos em termos de reflexão, com os das rochas vulcânicas com as suas reflexões típicas, num claro ambiente de propagação oceânica iniciada e abortada e continuada depois, bacia adentro, onde pode se ler claramente as anomalias magneto-estratigráficas ou strippers magnéticos. Assim mesmo considerando o pior caso, a ausência de geração na… Read more »
Parabéns aos Lucianos pelas excelentes colocações. Vi a notícia divulgada pela Reuters e tive a triste constatação que no site da Petrobras (Petrobras Fatos e Dados) não saiu uma linha a respeito. Não consigo entender como uma notícia excelente dessas não é publicada!