CAPACIDADE DA CADEIA DE FORNECEDORES VAI DITAR RITMO DE LEILÕES DO PRÉ-SAL | Petronotícias




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CAPACIDADE DA CADEIA DE FORNECEDORES VAI DITAR RITMO DE LEILÕES DO PRÉ-SAL

Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) – 

Marco Antonio Almeida - Foto: Márcio Mercante/Consulado Britânico-RJPara uns a notícia é boa, para outros, nem tanto, mas traz em si duas vertentes do futuro da indústria de óleo e gás brasileira. O governo pretende alinhar o ritmo de leilões de novas áreas do pré-sal com o avanço da capacidade da indústria local para atender à demanda de bens e serviços. A afirmação foi feita pelo secretário de petróleo e gás do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Almeida (foto), durante evento organizado pelo departamento de comércio do Consulado Britânico (UKTI), no Rio de Janeiro.

“Inúmeras áreas já foram mapeadas e devem ser colocadas em licitação futuramente. Um dos elementos fundamentais para definir o ritmo dessas ofertas é a capacidade da indústria instalada aqui no Brasil em atender às demandas do setor de petróleo e gás”, disse.

De acordo com Almeida, quanto maior for a cadeia de fornecedores no país, mais rapidamente serão ofertadas as áreas. As empresas que estão se preparando para entrar no mercado ou que já atuam no segmento veem nessa visão uma postura de cuidado com o tempo de maturação e de expansão de suas estruturas, além do ganho gradual de expertise, mas as petroleiras podem não encarar o fato com o mesmo otimismo.

O presidente da BP no Brasil, Guilherme Quintero, alinhado com a postura dos executivos e das autoridades presentes, disse que a empresa pretende apoiar o desenvolvimento da cadeia de fornecedores nacional e fez um apelo às empresas locais para que a segurança e a estratégia dos investimentos da petroleira sejam garantidos.

“A previsibilidade de rodadas é fundamental para o nosso planejamento e a expansão da capacidade da cadeia de fornecedores também, como citou o Marco Antonio. Então é muito importante dizer que, para termos um sucesso contínuo, dependemos de vocês, assim como vocês dependem de nós”, afirmou ao grupo de empresários reunidos no Hotel Windsor Atlântica, em Copacabana.

O presidente da BG Brasil, Nelson Silva, também presente no evento, falou sobre os planos ambiciosos da empresa no país, onde diz já estar produzindo 60 mil barris por dia, cerca de 10% da produção total da companhia no mundo, e enfatizou que pretendem aplicar muitos recursos na cadeia local, principalmente em Pesquisa e Desenvolvimento e em parcerias com universidades.

Questionado sobre a avaliação do governo em relação à capacidade da indústria, Marco Antonio afirmou que foram feitas diversas reuniões com lideranças da cadeia de fornecedores nacional antes das últimas rodadas de licitação, incluindo a do pré-sal.

“O governo está convicto que a indústria tem total capacidade de atender a demanda”, disse, poucos minutos após destacar que a expectativa do mercado é que haja encomendas da ordem de 30 plataformas até 2020, contando apenas com as necessidades da Petrobrás.

No entanto, o secretário não soube precisar quando haverá novas rodadas do pré-sal, ressaltando que dificilmente acontecerão em 2014.

“Para este ano acho que está um pouco apertado, porque precisamos definir tudo, depois tem a fase de licenciamento, mas até o dia 30 de junho do ano que vem haverá alguma rodada”, afirmou, explicando que não necessariamente essa rodada prevista incluiria áreas do pré-sal.

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