CARGA DE ENERGIA NO BRASIL DEVE CRESCER 3,4% POR ANO ENTRE 2022 E 2026
De olho nas previsões de crescimento da economia do Brasil para os próximos anos, o setor elétrico tem em mãos novas projeções sobre o aumento de consumo elétrico no país. Para o período de 2022-2026, a expectativa é de um crescimento médio da carga de 3,4% por ano. Em 2022, a previsão é de aumento de 2,7%, considerando alta de 1,3% no Produto Interno Bruto (PIB).
Os dados foram apresentados nesta semana por três órgãos do setor de energia: Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Segundo o estudo, até o final de 2021, a expectativa é que a carga alcance o valor de 69.475 MW médios. O volume representa um crescimento de 3,9% na comparação com 2020 e um desvio negativo de 465 MW médios em relação à previsão da 2ª revisão quadrimestral de 2021.
As principais premissas consideradas para o curto prazo foram:
– A economia brasileira segue em recuperação. Porém, em intensidade e ritmo inferior ao observado no 1º semestre deste ano;
– A projeção é que no 2º semestre de 2021, os serviços cresçam de forma mais intensa, em linha com o processo de reabertura da economia;
– Política monetária mais restritiva em função da elevada inflação, devendo trazer impactos negativos à atividade econômica, sobretudo em 2022;
– Mercado de trabalho segue em processo de recuperação gradual;
– Incertezas relacionadas à situação fiscal também podem afetar a confiança dos agentes e, consequentemente, a atividade econômica;
– Projeção de crescimento do PIB para 2022 foi revisada de 2,3% para 1,3%.
Para o médio prazo, os principais pontos destacados são:
– Ambiente de maior estabilidade econômica, com recuperação da confiança dos agentes e uma maior expansão da demanda interna e, consequentemente, do PIB;
– As taxas de crescimento do PIB foram revisadas para baixo por conta das taxas de juros mais pressionadas e da maior incerteza fiscal;
– O ambiente de maior estabilidade deve impulsionar os investimentos nos próximos anos, com destaque para o setor de infraestrutura;
– Os setores exportadores, sobretudo os de commodities, devem apresentar um bom desempenho, impulsionados pelo cenário positivo para a economia mundial;
– São riscos importantes para a concretização do cenário: a evolução da pandemia, o eventual surgimento de novas variantes do vírus com novas ondas de contaminação e restrições, o encaminhamento das questões fiscais, a dinâmica inflacionária e incertezas políticas e econômicas.
Deixe seu comentário