CCEE DIZ QUE CONSUMO DE ENERGIA NO BRASIL CRESCEU 2,1% EM OUTUBRO
Em outubro de 2024, o Brasil registrou um aumento de 2,1% no consumo de energia elétrica em comparação com o mesmo mês do ano anterior, alcançando 71.613 MW médios. Os dados são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que monitora o setor em tempo real para fornecer indicadores econômicos relevantes à sociedade e às autoridades, além de contribuir para o planejamento do mercado.
Quase 60% desse total foi destinado aos consumidores do mercado regulado, que compram energia das distribuidoras locais. Nesse segmento, houve um crescimento anual de 1,2%, impulsionado principalmente por temperaturas acima da média em diversas regiões, especialmente no Norte, Sudeste e Sul do país, intensificando o uso de aparelhos como ar-condicionado e ventiladores.
O restante foi consumido no mercado livre, que permite aos clientes escolherem seus fornecedores e negociarem condições contratuais. Esse segmento registrou um avanço de 3,5% em relação ao mesmo período de 2023, reflexo do bom desempenho econômico de quase todos os setores monitorados pela CCEE, além da inclusão de novas cargas no ambiente de negociação.
Entre os 15 setores da economia brasileira acompanhados pela Câmara, a indústria automotiva foi a que mais ampliou seu consumo de energia em outubro, com alta de 10% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em seguida, ficaram os ramos de manufaturados diversos (9,2%) e saneamento (7,2%). Apenas duas áreas tiveram queda: telecomunicações (-2,4%) e químicos (-4,0%).
A CCEE também verificou o comportamento dos estados. As temperaturas acima da média nas regiões Norte, Sul, Sudeste e em uma parte do Nordeste, combinadas com a boa performance do mercado livre, elevaram o consumo nacional, com destaque para o Maranhão, que registrou a maior taxa (10,5%), seguido por Santa Catarina (9,3%) e Amazonas (5%). Já o consumo menor, influenciado por um baixo volume de chuvas e temperaturas mais amenas, foi registrado principalmente na região central do país e em parte do Norte, com destaque para Acre (-5,1%), Amapá (-4,4%) e Goiás (-4,1%).
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