CEARÁ VIVE EXPECTATIVA POSITIVA COM A EXPLORAÇÃO DA MARGEM EQUATORIAL E DISCUTIRÁ ESSA OPORTUNIDADE DURANTE O OIL & GAS SUMMIT | Petronotícias




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CEARÁ VIVE EXPECTATIVA POSITIVA COM A EXPLORAÇÃO DA MARGEM EQUATORIAL E DISCUTIRÁ ESSA OPORTUNIDADE DURANTE O OIL & GAS SUMMIT

Carlos Logulo okA Margem Equatorial, uma extensa faixa que vai do Rio Grande do Norte ao Amapá, abrangendo as bacias da foz do Rio Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar, é essencial para a autossuficiência energética do Brasil. A região é reconhecida por seu grande potencial no setor de óleo e gás. Em abril, a Petrobrás anunciou a descoberta de uma acumulação de petróleo no poço exploratório Anhangá, localizado na divisa entre Ceará e Rio Grande do Norte. Estudos indicam que a Margem Equatorial pode conter cerca de 16 bilhões de barris de petróleo. Diante dessa perspectiva, o estado do Ceará será palco do Oil & Gas Summit, evento a ser realizado em Fortaleza, em 2025, reunindo pesquisadores, empresas e investidores mobilizados para impulsionar a exploração da Margem Equatorial brasileira. Em entrevista ao Petronotícias, o organizador do congresso, Carlos Logulo, diz que a indústria cearense tem recebido com muito entusiasmo as oportunidades que a Margem Equatorial pode trazer. “Ela representa para o Estado um novo tempo, assim como para toda a região Norte e Nordeste, em razão do volume de investimentos gerados, a ampliação do PIB, pelo impacto social e econômico positivo, pela criação de milhares de empregos (que no Ceará, conforme estudo da CNI, devem chegar a mais de 56 mil novas vagas)”, avaliou.

Para começar, seria interessante falar da perspectiva do Ceará com a exploração da Margem Equatorial. De que forma o estado poderá aproveitar essas oportunidades exploratórias?

margem-equatorial-petrobras-petroleoDevemos começar pela região compreendida pela Margem Equatorial. Aqui nos referimos ao Norte e Nordeste do Brasil e suas ricas oportunidades e potencialidades, com destaque para as energias sustentáveis, como a solar e eólica. E nesse cenário, o Ceará, com um crescimento acima da média nacional, tem se destacado na criação de oportunidades e com características muito favoráveis. Podemos citar como exemplo sua capital, Fortaleza, hoje a maior cidade do Nordeste, que possui um aeroporto internacional bem estruturado, um parque hoteleiro robusto, uma indústria pulsante, um projeto de Hidrogênio Verde, apoiado pelo Governo do Estado e capitaneado pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC). Também possui dois portos, um deles, o Porto do Pecém, é uma empresa constituída pelo Governo do Estado do Ceará e o Porto de Roterdã. Ele possui uma retroárea fantástica, que possibilitará a instalação de empresas voltadas ao mercado de offshore. Essas são apenas algumas das vantagens estratégicas do Ceará.

Gostaria que falasse também sobre como o estado pode desenvolver sua cadeia local de fornecedores para ajudar no desenvolvimento de áreas produtoras no offshore.

A classe empresarial e o Governo do Ceará já estão e estarão atentos ao impacto causado pela exploração da Margem Equatorial, e não desperdiçarão essa oportunidade. A FIEC – Federação das Indústrias do Estado do Ceará – é uma entidade bem dinâmica e já se prepara para esse momento. É tanto que o Sindienergia (Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico do Estado do Ceará) já é um dos apoiadores do Oil & Gas Summit 2025.

Como a indústria cearense recebeu a notícia de descoberta de óleo em Anhangá e o que isso representa para o estado?

sondaA indústria cearense tem recebido com muito entusiasmo as oportunidades que a Margem Equatorial pode trazer. Ela representa para o Estado um novo tempo, assim como para toda a região Norte e Nordeste, em razão do volume de investimentos gerados, a ampliação do PIB, pelo impacto social e econômico positivo, pela criação de milhares de empregos (que no Ceará, conforme estudo da CNI, devem chegar a mais de 56 mil novas vagas), pelo recebimento de royalties por parte do poder público, entre outros. São muitos fatores bastante favoráveis.

Quais são os principais desafios que o Ceará precisa superar para desenvolver sua cadeia de óleo e gás?

Acreditamos que inúmeros e desafiantes – desde a formação de mão de obra especializada, que será muito mais demandada no futuro, até a melhoria das questões logísticas e de transporte. Nós somos os promotores do evento, e temos o objetivo justamente em jogar a luz para essas questões, promovendo discussões e a abordagem sobre esses desafios – que são praticamente comuns a todos os Estados que fazem parte da Margem Equatorial. A partir das conclusões e dos investimentos que serão realizados, caberá ao Governo e à classe empresarial oportunizar o melhor aproveitamento.

De que forma essas e outras questões serão debatidas no Oil & Gas Summit, no próximo ano?

Esse é um dos principais objetivos do evento. E é bom lembrar que o nome já mostra essa visão: “Oil & Gas Summit – Margem Equatorial e Transição Energética”. Será o primeiro evento do Brasil com o tema central na Margem Equatorial. O foco é trazer discussões sobre as diversas energias e explorar os desafios e oportunidades relacionados aos combustíveis fósseis. Teremos especialistas, profissionais e líderes do setor participando do evento para discutir estratégias de exploração, produção e desenvolvimento sustentável no Brasil.

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