CEMIG NEGOCIA AQUISIÇÕES PARA MANTER CAPACIDADE DE GERAÇÃO

Após a recusa em aderir aos termos propostos pelo governo, que, mediante a Medida Provisória 579, determinou a renovação das concessões das 18 usinas cujos contratos vencem até 2017, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) passou a buscar novas aquisições para substituir a possível perda de capacidade de geração, decorrente da falta de acordo.

O diretor de Finanças e Relações com Investidores da Cemig, Luiz Fernando Rolla afirmou que a empresa já fez o pedido de renovação da usina de Jaguará, e que, mesmo que não haja acordo, os investimentos serão mantidos, passando a representar um aumento de capacidade, em vez de apenas uma substituição. De acordo com o diretor, por serem as primeiras concessões, os contratos devem ser renovados mantendo os termos vigentes. O governo federal tem até maio para dar uma resposta.

Sem dar detalhes das negociações, o executivo revelou que a maior parte dos ativos e contratos são nas áreas de geração e transmissão de energia, “setores naturais” de atuação da Cemig. Ele ainda informou que a empresa deve captar recursos no mercado para fazer as aquisições, e que quase 60% da dívida de R$ 5,9 bilhões consolidada pelo grupo com vencimento em 2013 já foi rolada.

Atualmente operando com 6,9 mil MW, a empresa pode ter sua potência reduzida em até 60%, sendo 36,7% correspondentes apenas às hidrelétricas de São Simão, Miranda e Jaguará.