CENPES RECEBERÁ NOVAS AMOSTRAS DE ROCHAS NO PRÓXIMO ANO PARA AVALIAR O POTENCIAL DE POÇO NA MARGEM EQUATORIAL | Petronotícias




faixa - nao remover

CENPES RECEBERÁ NOVAS AMOSTRAS DE ROCHAS NO PRÓXIMO ANO PARA AVALIAR O POTENCIAL DE POÇO NA MARGEM EQUATORIAL

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –

IMG-20231212-WA0022Depois de celebrar o importante marco de 60 anos de existência, o Centro de Pesquisas Leopoldo Américo Miguez de Mello (CENPES), da Petrobrás, olha para o futuro. Um dos principais desafios do centro de pesquisa atualmente é justamente fornecer inovações à empresa no contexto da transição energética. Contudo, o CENPES também continuará dedicando forças às pesquisas relacionadas à exploração e produção de óleo e gás, especialmente na Margem Equatorial – nova fronteira exploratória que a Petrobrás está desbravando. Os projetos do centro foram detalhados hoje (12) pela petroleira durante visita guiada à unidade.

Como noticiamos, a Petrobrás enviou recentemente o navio-sonda ODN-II, que será usado na perfuração do poço de Pitu Oeste, na Bacia Potiguar, na região da Margem Equatorial. As primeiras amostras das rochas retiradas durante essa atividade serão encaminhadas ao CENPES já no início do próximo ano, provavelmente em fevereiro ou março. Lá, elas serão examinadas no Laboratório de Testemunhos – que recebe amostras vindas de diversas atividades de perfuração de poços nas bacias sedimentares brasileiras. As análises dessas rochas têm como objetivo avaliar o potencial de uma determinada área como reservatório de petróleo e gás.

IMG-20231212-WA0009

Laboratório de Testemunhos do CENPES recebe amostras de rochas vindas de diversas atividades de perfuração de poços

A Margem Equatorial é uma fronteira com potencial exploratório. Uma indústria de petróleo vive da produção das reservas já descobertas, mas também sempre está atenta às novas fronteiras exploratórias. Qualquer empresa de petróleo está sempre olhando para o futuro. Na Margem Equatorial, o objetivo é avaliar a região e descobrir quais são os campos viáveis”, detalhou o gerente setorial de tecnologias de rochas da Petrobrás, Yaro Parizek Silva. “Ao mesmo tempo, estamos olhando para outras bacias no Brasil e no mundo, buscando onde os potenciais reservatórios se mostram mais viáveis”, acrescentou.

Enquanto avança no programa exploratório de novas fronteiras de óleo e gás, a Petrobrás também começa a dedicar mais esforços em projetos de baixo carbono. O novo planejamento estratégico da companhia, que abrange o período entre 2024 e 2028, prevê um investimento de US$ 3,6 bilhões em pesquisa, desenvolvimento e inovação. O plano também prevê o aumento da participação da empresa em descarbonização e novas energias para 30% em 2028 – e o CENPES é uma peça fundamental para que a empresa alcance esse objetivo.

Além de possuir linhas de pesquisa para descarbonização das operações atuais da empresa, o CENPES também estuda produtos de baixo carbono (como o diesel renovável e o Bio QAV), captura e armazenamento de CO2, geração eólica e solar, bem como a produção de hidrogênio limpo. Hoje, o centro de pesquisa conta com mais de mil colaboradores, sendo que cerca de 950 deles são pesquisadores. O CENPES dispõe de uma área total de 308 mil m² e 116 laboratórios, o que lhe garante o título de um dos maiores centros de pesquisa de toda a América Latina. Nos últimos dois anos, a unidade conseguiu alcançar novos recordes de patentes registradas (119 em 2021 e 128 em 2022).

IMG-20231212-WA0014O gerente de modelos de negócios tecnológicos da Petrobrás, Vinicius Maia (em pé, na foto à esquerda), destacou que o CENPES está ampliando cada vez mais as suas pesquisas por meio de parcerias com terceiros. Além de trabalhar junto com universidades, a ideia da companhia também é ampliar ainda mais suas parcerias de inovação com outras empresas e startups. Segundo ele, modificações recentes na legislação brasileira permitiram a criação de dois novos instrumentos que facilitam as parcerias com empresas: as Encomendas Tecnológicas e a Aquisição de Soluções.

É importante a associação com outras empresas para vencer aquilo que chamamos de ‘vale da morte da inovação’, de modo que os novos produtos não fiquem apenas na fase de protótipo, mas cheguem à escala industrial. Por isso, as Encomendas Tecnológicas são fundamentais, pois permitem novos desenvolvimentos e dispensam a necessidade de licitações para fazer aquisições em escala”, afirmou. “A maioria das tecnologias desenvolvidas por nós está ligada a uma demanda concreta da Petrobrás. Isso aumenta muito a atratividade para as potenciais empresas parceiras, tendo em vista a alta probabilidade de receberem um contrato para escalonar uma determinada tecnologia e se transformar em uma fornecedora da Petrobrás”, concluiu.

Durante a visita, a petroleira também apresentou detalhes sobre o Unidroid, robô de combate a incêndio em unidades industriais desenvolvido em parceria com a Unidroid Robótica. Como noticiamos em junho, a Petrobrás já assinou o contrato de cotitularidade com a Unidroid Robótica para o uso da tecnologia em suas operações. O equipamento já foi testado na Refinaria Henrique Lage (REVAP) e na Refinaria de Paulínia (REPLAN), ambas no estado de São Paulo. A implantação do robô na Petrobrás está prevista para o início de 2024.

IMG-20231212-WA0001 IMG-20231212-WA0003 IMG-20231212-WA0006 IMG-20231212-WA0009 IMG-20231212-WA0012 IMG-20231212-WA0016 IMG-20231212-WA0017 IMG-20231212-WA0018 IMG-20231212-WA0022

Deixe seu comentário

avatar
  Subscribe  
Notify of