CENTRO DE EXCELÊNCIA DE EMPRESAS DE ENGENHARIA ELEGE NOVO DIRETOR PARA EXPANDIR ATUAÇÃO | Petronotícias




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CENTRO DE EXCELÊNCIA DE EMPRESAS DE ENGENHARIA ELEGE NOVO DIRETOR PARA EXPANDIR ATUAÇÃO

O Centro de Excelência em EPC (Engenharia, Suprimento e Construção, na sigla em inglês), CE-EPC, foi criado em junho de 2008, com o intuito de promover uma integração maior entre as empresas de engenharia industrial brasileiras e as companhias contratantes dos serviços, dentre elas as operadoras de exploração e produção de petróleo. Este mês foi eleito um novo diretor para o CE-EPC, com o intuito atrair novas empresas ao grupo e expandir a atuação da instituição. O novo ocupante do cargo, Marcelo Bonilha, que é diretor superintendente da EBSE, contou ao repórter Daniel Fraiha sobre os desafios e objetivos no posto.

Como foi criado o CE-EPC?

Surgiu de um grupo de trabalho do Prominp, com o intuito de discutir e melhorar as práticas nas obras, criar novos procedimentos para otimizar os serviços e criar uma relação mais próxima entre as empresas da área, trazendo para o grupo as operadoras de exploração e produção também. O legal é que além da Petrobrás, estamos em contato com outras operadoras, como Statoil, Shell, Repsol, entre outras.

Como era a relação com as operadoras antes?

Antes eram ações isoladas, em que elas chamavam quem achavam que tinham que chamar, para discutir qualquer coisa. O CE-EPC está ai para estimular esse encontro com elas, em busca de potencializar os esforços para desenvolver ações que visam o aumento da produtividade e da participação dessas operadoras nos projetos de investimento no Brasil.

Essa relação mais próxima pode contribuir para aumentar a responsabilidade das operadoras?

A longo prazo acredito que sim. Uma das minhas missões é aumentar o número de participantes do Centro, tanto de epecistas, quanto de operadores. E também há centros de educação e entidades de classe participando, de modo que o debate entre todas as frentes deve gerar avanços em todos os sentidos. Um dos objetivos do grupo de trabalho, inclusive, é fazer recomendações de contrato para que as operadoras comecem a usar isso como modelos.

Quantos membros fazem parte do CE-EPC?

Atualmente são em torno de 70 empresas, entidades de classe e centros de educação. Hoje a EBSE também é sócia, então eu fui convidado a me candidatar, houve uma votação na assembléia e agora faço parte da diretoria.

Pode citar alguns dos trabalhos feitos pelo Centro?

Temos alguns trabalhos em andamento, como, por exemplo, um voltado para a redução de custos e prazos nos projetos de investimento para a indústria de petróleo e gás. Tem outro sobre diretrizes e recomendações para os contratos da cadeia de EPC, um sobre recomendações relativas à parte de comissionamento dos empreendimentos em óleo e gás, entre outros. A idéia é que esses trabalhos sirvam para nortear os contratos.

Como é o funcionamento do CE-EPC?

Funciona muito parecido como a Abemi, e inclusive a Abemi é uma das entidades que fazem parte do Centro de Excelência. A diferença é que no Centro há também a participação das operadoras, criando assim uma espécie de fórum para discussão com elas.

Há algum trabalho voltado ao conteúdo local?

Ainda não fizemos nada em relação ao conteúdo nacional, mas estamos com uma proposta de trabalho de análise dessa questão. A proposta é discutir o que pode ser feito em termos de investimento para garantir esses índices nas empresas e na indústria.

Qual a sua visão sobre o conteúdo local?

Acho que foi uma das melhores coisas que o governo fez. Víamos os estaleiros parados, as instalações sem atividade, as fábricas vazias, e hoje a indústria está em franca expansão. É uma realidade cada vez maior a participação do Brasil no desenvolvimento, com as empresas se capacitando para poder atender o que vem pela frente de investimentos, na busca de formar uma cadeia bem estruturada. Vemos também a quantidade de empresas vindo para o Brasil querendo fazer associação, comprar empresas, e isso é uma realidade por causa do conteúdo nacional.

A certificação é bem feita?

Ainda se está procurando melhorar a certificação e existem hoje novas diretrizes para isso, mas tudo indica que deve melhorar.

Quais são os maiores desafios que o Centro busca enfrentar?

Há uma série de coisas, como melhorar a produtividade, conseguir prazos e custos melhores etc. Hoje é sabido que a produtividade nas obras pode melhorar, tem muito espaço para isso. Se compararmos a realidade brasileira com a de países mais desenvolvidos, veremos que o nosso índice gasta muito mais homens-hora do que lá fora.

Quais são os motivos para isso?

Um deles é a falta de profissionais multi-função, que representam menos tempo parado nas obras. Em outros países os profissionais executam uma série de tarefas que otimizam o processo de produção. Além disso, para cada atividade às vezes há processos mais produtivos que ainda não estamos usando, e um dos objetivos do Centro é ajudar nesse desenvolvimento.

Quais são seus próximos passos no cargo de diretor?

Aumentar a participação das empresas no Centro e tentar fazer uma divulgação maior do trabalho que estamos fazendo.

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Ralph Ribeiro

Muito boa a reportagem. O jornalista Daniel Fraiha esta pegando o jeito do mercado de óleo e gás.