CERIMÔNIA EM SANTA CATARINA MARCA O LANÇAMENTO DA FRAGATA TAMANDARÉ DA MARINHA DO BRASIL | Petronotícias




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CERIMÔNIA EM SANTA CATARINA MARCA O LANÇAMENTO DA FRAGATA TAMANDARÉ DA MARINHA DO BRASIL

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Fragata Tamandaré no pátio do estaleiro Brasil Sul – foto: @shipspotting_itajai

A Marinha do Brasil inicia esta sexta-feira (9) em festa, com o evento de lançamento ao mar da fragata Tamandaré (F-200), primeiro dos quatro novos navios-escolta que passarão a equipar a Força Naval ao longo desta década. O navio será lançado ao mar hoje em cerimônia no estaleiro Brasil Sul, na cidade de Itajaí (SC), onde estão sendo construídas as embarcações do Programa Fragatas Classe Tamandaré. O presidente Lula participará do evento, ao lado do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e do comandante da Marinha, o Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen. A esposa do ministro Múcio, Vera Brennand, foi escolhida como madrinha de batismo da embarcação. O objetivo da Marinha é modernizar a sua frota, reforçando sua capacidade de  garantir a soberania do país, além de incentivar o crescimento da indústria de defesa nacional e da cadeia produtiva necessária à construção dos navios em solo brasileiro.

A fragata Tamandaré e as três unidades restantes foram contratadas ao consórcio SPE Águas Azuis, composto pela Thyssenkrupp Marine Systems, Embraer e Atech. O navio pesa mais de 3 mil toneladas e mede 107 metros de comprimento e 16 metros de largura. Ele foi projetado para abrigar cerca de 130 militares e desempenhar missões de escolta naval. Com alta complexidade tecnológica, as novas fragatas serão versáteis e de alto poder de combate, capazes de se contraporem a múltiplas ameaças, e serão utilizadas para proteger as riquezas da Amazônia Azul. As embarcações serão destinadas, também, para operações de busca e salvamento e apoio à política externa brasileira.

Depois do lançamento de hoje, o Fragata Tamandaré ainda passará por uma jornada antes de sua entrega final à Marinha. Isso porque a unidade ainda receberá a instalação de armamentos, como canhões, mísseis, torpedos e metralhadoras. Todo esse trabalho deverá ser finalizado até o ano que vem. Já as demais três fragatas do programa serão entregues gradualmente nos próximos quatro anos.

Batimento de quilha da segunda fragata da Classe Tamandaré

Batimento de quilha da segunda fragata da Classe Tamandaré

Em junho, o Tamandaré passou pelo deslocamento do galpão até a área externa do estaleiro. Isso abriu espaço para a edificação da segunda embarcação da classe, batizada de Fragata Jerônimo de Albuquerque (F-201), que passou pela cerimônia de Batimento de Quilha no dia 6 daquele mês. A evolução da engenharia e o aperfeiçoamento nos processos de produção naval permitiram que nos projetos modernos, como o das Fragatas Classe Tamandaré, a construção seja feita por meio de blocos. Eles são montados separadamente e, depois unidos, dando forma ao navio. Nesse caso, o batimento é caracterizado pelo posicionamento de um desses blocos em seu local de edificação.

Integrando o Programa Estratégico de Modernização do Poder Naval, o Projeto de Fragatas Classe Tamandaré (PFCT) foi incluído, em 2023, no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal. Com essa inclusão, o projeto recebeu apoio parlamentar, facilitando a liberação de recursos junto ao Congresso Nacional. Em outubro de 2023, foi protocolada no Senado Federal uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), intitulada “PEC da Defesa”, que busca garantir um orçamento anual para a Defesa equivalente a, no mínimo, 2% do Produto Interno Bruto (PIB), com um incremento gradual de 0,1% ao ano, dentro de parâmetros de razoabilidade.

Nos últimos 10 anos, o Brasil provisionou, em média, o correspondente a 1,32% do PIB para a  defesa nacional, enquanto outros países em desenvolvimento investiram mais, como a Índia (2,4%), a Colômbia (3%) e o Chile (1,8%). A ênfase dada pela PEC aos Programas Estratégicos das Forças Armadas preveem o desenvolvimento e a fabricação de sistemas e equipamentos em território nacional, atividades intensivas na geração de empregos e no desenvolvimento de ciência e tecnologia, como o Programa Fragatas Classe Tamandaré. O aumento gradual do orçamento proposto pela “PEC da Defesa” pode render dividendos econômicos e sociais internos, além de contribuir para a manutenção e fortalecimento do poder dissuasório brasileiro.

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