NOVAS DENÚNCIAS ATINGEM MINISTRO DO TURISMO HENRIQUE ALVES E OUTROS POLÍTICOS

Novas denúncias abalam ainda mais Brasília. Os canhões do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró se direcionaram a um grupo de políticos que teriam sido beneficiados, desde 2002 – ainda no governo FHC -, pelo esquema criminoso que desviou bilhões dos cofres da estatal. Enquanto isso, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (foto), de receber recursos desviados da Petrobrás em troca de favorecimento à empreiteira OAS.

Segundo Cerveró contou ao investigadores durante sua delação premiada, os parlamentares teriam recebido R$ 564 milhões de propina a partir de contratos fechados pela petroleira. A maior parte do valor, US$ 100 milhões (R$ 351 milhões), foi destinada a integrantes do governo de Fernando Henrique Cardoso. A propina é referente a compra da petrolífera argentina Pérez Companc por parte da Petrobrás, no ano de 2002. Já a venda da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, teria gerado propinas na casa dos US$ 15 milhões, beneficiando o ex-senador Delcídio do Amaral, o lobista Fernando Baiano e o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa. As informações são do jornal “O Globo”.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, também teria recebido valores a partir da aquisição de sondas por parte da Petrobrás. Segundo Cerveró, além de Calheiros, Eduardo Cunha, o senador Jader Barbalho, Delcídio do Amaral, entre outros, também teriam sido beneficiados com US$ 24 milhões.

Em relação a Henrique Alves, a denúncia da Procuradoria Geral da República feita ao Supremo Tribunal Federal aponta que o ministro teria recebido dinheiro do esquema de corrupção para sua campanha ao governo do Rio Grande do Norte, em 2014. Os valores, segundo afirma o pedido de abertura de inquérito, eram oriundos de pagamentos feitos pela OAS a políticos que beneficiaram a construtora.