CERVERÓ É CONDENADO A CINCO ANOS DE PRISÃO POR LAVAGEM DE DINHEIRO

O ex-diretor da área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró (foto) foi condenado pelo crime de lavagem de dinheiro pelo juiz federal Sergio Moro nesta terça-feira. O magistrado, responsável pelos processos da Operação Lava-Jato na primeira instância, definiu que Cerveró deverá cumprir cinco anos em regime fechado.

A condenação é por conta da aquisição de um apartamento de luxo no Rio de Janeiro com dinheiro que teria recebido como propina na Petrobrás. O valor foi enviado ao exterior por meio de empresas offshores localizadas no Uruguai e na Suíça. De acordo com o despacho emitido pelo juiz federal, “após a alienação, o produto da venda será revertido à vítima dos crimes antecendentes, a Petrobrás”.

Segundo denúncia do Ministério Público Federal, apesar de registrada em nome de terceiros, a offshore era de propriedade de Cerveró. Junto ao ex-diretor no processo está o advogado uruguaio Oscar Algorta, também na condição de réu, acusado de ter lavado parte do dinheiro desviado comprando o apartamento em nome da offshore uruguaia Jolmey, com o objetivo de tentar ocultar que Cerveró era o verdadeiro dono do imóvel.

Os anos de prisão de Cerveró podem aumentar ainda mais, já que o ex-diretor ainda é acusado em outro processo. Junto a ele, o lobista Fernando Soares (Fernando “Baiano) e o executivo da Toyo Setal, Júlio Camargo, são acusados de participação em crimes como corrupção contra o sistema financeiro nacional e lavagem de capital entre 2006 e 2012.